As discussões sobre a tributação global dos super-ricos avançaram no G20 – um grupo das 19 maiores economias do planeta, mais a União Europeia e a União Africana. O tema é uma das principais questões levantadas pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, à frente da Trilha Financeira do fórum de cooperação econômica internacional.
Segundo a Embaixadora Tatiana Rosito, Secretária de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda, o assunto caminha bem. Responsável por coordenar as pré-negociações com representantes de ministérios e Bancos Centrais, ela acredita que haverá consenso sobre os três documentos propostos pelo grupo, que se reúne entre esta quinta (25/7) e sexta-feira (26).
Em briefing aos jornalistas, Rosito afirmou que um documento trata exclusivamente da cooperação fiscal internacional, que inclui a tributação de grandes fortunas. A segunda reunirá temas como o desempenho dos bancos multilaterais, a arquitetura financeira internacional, o fluxo de capitais e o clima, e uma terceira declaração terá uma “linguagem geopolítica”.
“Será uma declaração sem precedentes. Todos os termos levantados pela presidência brasileira estão no documento, incluindo a tributação dos super-ricos. Os pontos estão bem avançados”, disse o embaixador.
Rosito não indicou os pontos sobre os quais ainda não há consenso de ideias, mas disse que as discussões “vão bem” e mostrou-se confiante que as declarações serão emitidas, ao contrário do que aconteceu na reunião de fevereiro, quando não houve consenso. sobre certas questões.
Ontem, Haddad disse estar otimista com uma declaração conjunta dos 20 países. “Não é uma afirmação, o que é uma coisa, mas uma afirmação. Tem havido um interesse crescente no tema precisamente devido à necessidade global de novas fontes de financiamento para combater a fome, as alterações climáticas e questões relacionadas”, afirmou.
O G20 passou quase dois anos e meio sem emitir declarações ministeriais, devido a diferenças geopolíticas sobre os conflitos na Ucrânia e em Gaza. Esta lacuna foi quebrada esta semana, com a aprovação unânime de dois documentos nos quais as nações se comprometem a combater as desigualdades e ao acesso universal à água, ao saneamento e à higiene.
Apoio internacional
A Oxfam, juntamente com outras organizações, entregou ao Ministro das Finanças uma lista de petições apoiando a iniciativa do governo brasileiro para um acordo global para tributar os super-ricos. O documento reuniu mais de 1,5 milhão de assinaturas em todo o mundo e pede um aumento na tributação dos bilionários para combater a desigualdade global e fortalecer os serviços públicos.
Para a diretora executiva da Oxfam Brasil, Viviana Santiago, a iniciativa de tributar os super-ricos é fundamental para a construção de um sistema mais justo e equitativo. “Tributar os bilionários é uma medida urgente para combater as desigualdades, estamos falando de um avanço necessário para enfrentar as desigualdades extremas que vemos em nosso país, onde a concentração de riqueza perpetua injustiças históricas e impede que milhões, especialmente mulheres negras e periféricas, tenham acesso a uma vida digna e à igualdade de oportunidades”, afirmou.
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