O dólar comercial fechou ontem com forte queda. Após alta significativa na sessão anterior, diante do temor de recessão nos Estados Unidos, a moeda norte-americana encerrou o dia com queda de 1,46% cotada a R$ 5,65. Na véspera, o câmbio havia atingido o maior nível desde dezembro de 2021 e superou R$ 5,80.
O clima melhorou lá fora, depois de um dia de colapso, que resultou na queda das bolsas de valores em todo o mundo. Acompanhando o movimento observado na maioria dos mercados, o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo (BC), recuperou as perdas, fechando com alta de 0,80%, aos 126.266,70 pontos.
Segundo Enrico Cozzolino, sócio e chefe de análise da Levante Investimentos, foi uma sessão de ajuste em um “dia claro de racionalização do mercado”.
“Não é incomum que o mercado erre nas expectativas, tanto de euforia quanto de pânico, reagindo a um aperto nas condições econômicas. Apesar de uma reflexão menor na bolsa brasileira no dia anterior, vimos isso no câmbio e nas taxas de juros , e hoje o movimento foi racionalizado. Retomamos os preços de algo que não era muito novo”, destacou.
As bolsas asiáticas também fecharam em alta, enquanto na Europa os principais índices oscilaram entre perdas e ganhos. Os mercados foram pressionados pelos fracos dados económicos da maior economia do mundo, o que levantou receios de que a economia norte-americana pudesse estar a caminhar para uma recessão.
Reserva Federal
Diante do cenário, aumentaram as apostas em um corte maior nos juros dos EUA na próxima reunião do Comitê de Mercado Aberto do Federal Reserve (Fomc), marcada para 18 de setembro. Anteriormente, a expectativa era de que houvesse um corte de 0,25 ponto percentual nas taxas de juros, porém, para combater a desaceleração da economia americana, o mercado agora acredita em um corte de 0,50 ponto.
Para Volnei Eyng, CEO da Multiplike, a atenção do mercado, a partir de agora, deve estar voltada para as consequências desse atraso na redução dos juros norte-americanos. Segundo ele, se os Estados Unidos demorarem a baixar a sua taxa de referência, isso poderá resultar num aumento da inflação global. “Embora seja um desafio determinar o momento exacto para a redução das taxas de juro, o atraso do Banco Central pode levar a uma inflação mais elevada e, eventualmente, a uma recessão”, destacou.
Eyng também destacou como uma possível recessão nos Estados Unidos afetará a economia mundial. “O actual declínio dos mercados financeiros reflecte receios de uma recessão iminente. O atraso na redução das taxas de juro poderá colocar uma pressão excessiva sobre a economia, resultando numa recessão e, consequentemente, numa subida do dólar e numa fuga de investidores dos mercados emergentes”, ele reforçou.
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