A Distribuidora de Valores Mobiliários (DTVM) envolvida no caso de Corrida Frontal, investigado pela Polícia Federal, é administrado pelo Banco do Brasil. A informação foi confirmada ao Correspondência pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que informou que os fundos de investimento são administrados pela BB Asset Management.
A Operação Coelho, deflagrada na manhã desta quarta-feira (8/7), cumpriu quatro mandados de busca e apreensão na cidade do Rio de Janeiro, acusada de usar informações privilegiadas para obter ganhos no mercado financeiro.
Segundo as investigações, um funcionário da distribuidora, responsável por intermediar a compra e venda de títulos e valores imobiliários, seria quem repassou as informações confidenciais. O grupo atuou na bolsa B3 e obteve índice de sucesso superior a 94% nas operações de negociação. Dia de negócios (compra e venda de ativos no mesmo pregão).
Informações antecipadas, segundo a comissão, influenciaram a formação dos preços das transações. “A CVM informa que o Processo Administrativo Sancionador (PAS) nº 19957.008087/2021-25, decorrente de Inquérito Administrativo de mesmo número, foi instaurado com o objetivo de apurar possíveis práticas desleais em operações com valores mobiliários na B3, com recursos como investimento de contraparte administrado pela BB Gestão de Recursos DTVM S.A., entre janeiro de 2016 e junho de 2020”, informou em nota.
A Justiça determinou a apreensão de bens e valores superiores a R$ 5 milhões, valor arrecadado pelo grupo investigado, e o afastamento do funcionário envolvido no esquema ilícito. “Tal fato é capaz de influenciar o preço de mercado de um ativo e, assim, gerar lucro, configurando assim um conflito de interesses através da utilização de informações privilegiadas”, informou a PF.
Procurado por Correspondência, a BB Asset Management reforçou seu compromisso com “processos robustos de monitoramento, gestão de riscos e governança”. “Adotamos todas as medidas que estão no nosso âmbito de atuação e estamos trabalhando com as autoridades em colaboração com as investigações”, afirmou o gestor.
Penas
Segundo a PF, os investigados poderão ser responsabilizados pelos crimes de “Front Running”, lavagem de dinheiro e associação criminosa. Se somadas, as penas máximas do caso ultrapassam 20 anos de prisão, além de envolver também multa e reembolso de valores obtidos ilegalmente.
A CVM, órgão vinculado ao Ministério da Fazenda responsável pelo acompanhamento do mercado financeiro, destacou que a operação se baseou no trabalho investigativo do órgão. “A CVM informa que mantém com o Departamento de Polícia Federal (DPF), desde 2010, Acordo de Cooperação Técnica visando o desenvolvimento de ações, projetos ou atividades conjuntas, inclusive no âmbito do compartilhamento de informações sobre assuntos de interesse comum”, ele destacou.
Você gostou do artigo? Escolha como acompanhar as principais notícias do Correio:
Dê sua opinião! O Correio tem espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores através do e-mail sredat.df@dabr.com.br
ra soluções financeiras
blue cartao
empresa de crédito consignado
download picpay
brx br
whatsapp bleu
cartão consignado pan como funciona
simulador crédito consignado
como funciona o cartão consignado pan
ajuda picpay.com