O Conselho da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) elegeu, em reunião nesta terça-feira (27/8), em Brasília, a permanência do presidente Flávio Lara Resende e do vice-presidente Roberto Cervo Melão à frente da entidade . A dupla lidera a entidade desde agosto de 2020 e, com a decisão, permanecerá no cargo até 28 de agosto de 2025.
A advogada e jornalista mineira Lara Resende também ocupa o cargo de diretora geral do Grupo Bandeirantes de Comunicação. Durante 10 anos, foi presidente da Associação de Veículos de Comunicação do Distrito Federal (AVEC-DF), de onde saiu para assumir a presidência da Abert.
Além da eleição para o novo mandato, a diretoria da associação também aprovou novas regras no estatuto, que prevêem a criação de um Comitê Executivo a partir de agosto do próximo ano, formado por cinco conselheiros e pelo presidente da entidade.
“Essa modernização é para trazer uma administração executiva mais leve e que consiga ter um pouco mais de tranquilidade, sem que o presidente precise estar presente em todas as ações que são realizadas pela Abert. Isso será muito importante”, afirmou Flávio Lara Resende.
Roberto Melão é gaúcho e também liderou a associação estadual de emissoras de rádio e TV. É administrador da Rede Jauru de Comunicação e diretor do Sindicato das Empresas de Rádio e Televisão do Rio Grande do Sul (SindiRádio-RS). Ele também é o próximo nome a assumir a função de Lara Resende em 2025.
Ministro do STF
Em discurso durante o encontro, a ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Cármen Lúcia citou a Constituição Federal de 1988 e o combate à censura durante o período militar, para enaltecer a imprensa livre e democrática.
“Eles lutaram para que as vozes dos que se calaram, dos que foram silenciados pudessem ser ouvidas, com isso compensamos as estruturas não civilizatórias, que os Estados não democráticos, que o poder não democrático passa a exercer. Não é por acaso que, em geral, o ditador começa sempre por rasgar a Constituição”, destacou.
O encontro também contou com homenagens ao apresentador de TV Silvio Santos. Para o presidente da Abert, a morte do dono do SBT é irreparável.
“Ele era mais comunicador do que empresário. Ele foi um grande empresário, criou uma emissora nacional de televisão, que é o SBT, mas mais que empresário, é comunicador. Porque o Brasil todo ficou extremamente triste com o seu falecimento”, destacou.
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