Após dois períodos consecutivos de queda em 2022 e 2023 no volume de novos CNPJs nos primeiros seis meses do ano, o país registra crescimento de 7,1% neste 1º semestre de 2024 em relação ao mesmo período anterior. Segundo levantamento feito pela Contabilizei, com dados públicos da Receita Federal, esse aumento não ocorria desde o 1º semestre de 2021, após o primeiro ano da pandemia de covid-9, que atingiu 35,83%.
Além disso, pelo quarto ano consecutivo, o Brasil também continua ultrapassando a marca de 2 milhões de empresas abertas no 1º semestre de 2024. No total, foram mapeados 2.151.710 novos CNPJs, o que representa um aumento de 7,1% em comparação ao mesmo período de 2023. O crescimento dos Microempreendedores Individuais (MEI) foi de 6,8% quando se avalia um ano contra o outro, enquanto os não MEIs aumentaram 7,7%.
Para o vice-presidente executivo de operações da Contabilizei, Guilherme Soares, o cenário atual destaca o contexto positivo do empreendedorismo com a recuperação após os índices de 2022 e 2023.
“A boa notícia é ainda maior porque este é o primeiro semestre que identificamos aumento tanto nas categorias MEI quanto não MEI (6,8% e 7,7%) após dois anos sem esse aumento simultâneo”, explica. O que vale destacar é que também há dois anos os setores de comércio, indústria e serviços não aumentaram a variação na abertura de negócios em conjunto como acontece agora (1,4%, 4,3% e 10%, respectivamente)”.
Os dados estão de acordo com pesquisa do Sebrae, que revelou que os pequenos negócios representam cerca de 95% de todas as empresas do país e são responsáveis por 30% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro.
“As empresas menores contribuem significativamente tanto para a geração de receitas quanto para a criação de empregos formais. São fundamentais para o fortalecimento econômico das cidades, impulsionando o desenvolvimento regional”, observa Guilherme Soares.
De janeiro a junho, as micro e pequenas empresas foram responsáveis pela geração de seis em cada 10 novos empregos, segundo o Sebrae, com base em dados obtidos no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Ou seja, mais de 777,2 mil novos empregos formais foram criados pelas pequenas empresas brasileiras.
Analisando apenas o quadro de junho, foram abertas mais de 201,7 mil oportunidades no país, sendo MEs e EPPs responsáveis por 115,9 mil contratações (57,5%). Os setores que lideraram a geração de empregos neste mês entre as MPEs foram: Serviços (49.018), Comércio (27.443) e Construção (18.753).
“No Brasil, segundo dados do Banco Mundial, 7,8% do PIB vem do setor de serviços, 20,2% vem da indústria e 7,5% vem da agricultura. A Covid-19 não só causou um número devastador de perdas humanas, como também causou estragos na economia. Esse cenário obrigou muitas pessoas a buscarem novas fontes de renda, levando ao aumento do número de empreendedores, principalmente MEIs. Além disso, o governo federal incentivou a criação de empresas, o que contribuiu para que muitas saíssem do setor informal e passassem a pagar impostos”, destaca a economista Maria Flávia Tavares.
Você gostou do artigo? Escolha como acompanhar as principais notícias do Correio:

Dê sua opinião! O Correio tem espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores através do e-mail sredat.df@dabr.com.br
ra soluções financeiras
blue cartao
empresa de crédito consignado
download picpay
brx br
whatsapp bleu
cartão consignado pan como funciona
simulador crédito consignado
como funciona o cartão consignado pan
ajuda picpay.com