Indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a presidência do Banco Central, o economista Gabriel Galípolo ocupa atualmente o cargo de diretor de Política Monetária da instituição. Aos 42 anos, é formado em Ciências Econômicas e mestre em Economia Política pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).
A nomeação foi anunciada nesta quarta-feira (28/8), no Palácio do Planalto, pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Para assumir a presidência do BC, Galípolo precisa ser aprovado em audiência no Senado. Caso receba o aval dos parlamentares, deverá substituir Roberto Campos Neto no cargo de prefeito entre 2025 e 2028.
Uma das questões que mais chama a atenção do mercado é que o diretor não é visto pelo mercado como um representante direto da bancada petista, mas como alguém altamente qualificado para atuar como ponte entre o mercado e o governo.
A postura heterodoxa de Galípolo em relação à economia, aliada à sua experiência no mercado financeiro, é avaliada como um fator crucial no equilíbrio da comunicação entre o atual governo e o empresariado. Não é por acaso que a sua capacidade de diálogo e capacidade de convencer diferentes atores são frequentemente destacadas por quem o conhece.
Quem é Gabriel Galípolo?
Formado em Ciências Econômicas e mestre em Economia Política pela PUC São Paulo, Gabriel Galípolo também foi professor em cursos de graduação entre 2006 e 2012. Também lecionou no MBA em Parcerias Público-Privadas (PPPs) e Concessões da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (FESPSP).
Entre 2017 e 2021, Galípolo foi presidente do Banco Fator, instituição conhecida por sua atuação em parcerias público-privadas e programas de privatizações. Durante sua gestão, realizou estudos para a privatização da Companhia de Águas e Esgotos do Estado do Rio de Janeiro (Cedae), processo iniciado em 2018.
Em 2021, o Banco Fator e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) lideraram o leilão da estatal, que arrecadou R$ 22,6 bilhões com a venda de três dos quatro blocos ofertados. Atualmente trabalha como pesquisador sênior do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri).
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