A taxa média de juros dos cartões de crédito rotativo subiu 3,6 pontos percentuais e atingiu 432,3% ao ano em julho. Segundo dados do boletim Estatísticas Monetárias e de Crédito, divulgados pelo Banco Central (BC) nesta quinta-feira (29/8), este é o maior patamar do ano.
A modalidade crédito é ativada automaticamente quando o cliente não paga o valor integral da fatura do cartão de crédito até o vencimento e é a mais cara do país. No ano passado, foi aprovada uma lei que limita os juros do crédito rotativo a 100%, ou seja, uma dívida só pode atingir o dobro do seu valor em juros. No entanto, a decisão entrou em vigor este ano e só se aplica às dívidas contraídas a partir de janeiro.
As taxas apresentadas pelo BC não significam necessariamente que os bancos estejam infringindo a lei. Isso porque para chegar às estatísticas a autoridade monetária extrapola os juros cobrados mensalmente pela instituição financeira no ano. Apesar disso, essa taxa nem sempre é efetiva, pois, geralmente, o consumidor só cai na taxa de juros por algumas semanas.
No caso do parcelamento, quando o consumidor paga o valor da fatura mensal, os juros passaram de 182,5% (dados revisados) para 178% ao ano entre junho e julho. Quanto aos juros totais do cartão de crédito, que considera operações de rotativo e parcelamento, a taxa passou de 85,2% (dados revisados) para 82,8%.
Segundo o chefe do Departamento de Estatística do Banco Central, Fernando Rocha, observa-se uma migração do cartão rotativo para o cartão parcelado. “Os saldos de crédito rotativo estão reduzindo mês a mês, em julho reduziu 5,6%. O valor que não foi pago é repassado para uma operação de crédito rotativo, que inicialmente tem origem em inadimplência, não tem garantias e é bastante específica. Os números extravagantes reforçam as particularidades desta modalidade e a necessidade de sair dela”, afirmou em conferência de imprensa.
Padrão
Segundo dados do BC, a inadimplência média das operações de crédito permaneceu estável em 3,2% em julho. Entre as empresas, a taxa média caiu de 2,5% para 2,3%. Entre as famílias, subiu 0,1 ponto percentual em relação ao mês anterior e ficou em 3,7%.
O endividamento das famílias também fechou o mês de julho em 47,6%, mesmo patamar de maio. O recorde na série histórica do Banco Central ocorreu em julho de 2022 (50,1%). Descontadas as dívidas imobiliárias, o endividamento ficou em 29,8% de um mês para o outro.
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