O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quinta-feira (9/12) que o Brasil precisa reequilibrar suas contas. Porém, segundo ele, isso precisa ser feito com cautela, para que as pessoas que dependem de oportunidades possam tê-las. A afirmação foi feita durante entrevista concedida ao programa “Bom dia, Ministro”.
“Temos que entender que o ajuste fiscal, o equilíbrio das contas é necessário para o Brasil, para que as pessoas que dependem do Estado, que dependem de oportunidades, possam tê-las. Portanto, quem não pagou imposto deve pagar novamente porque não paga há mais de 10 anos”, destacou Haddad.
Segundo o ministro, as contas estão desequilibradas desde 2015. “As contas dos estados estão completamente desequilibradas, mas alguém poderia dizer: ‘isto foi bom para o país, o país cresceu’. É o contrário, o país não cresceu, o Brasil não gerou empregos, perdeu posições no ranking mundial de maiores produtos internos brutos (PIB)”, destacou. Segundo ele, o Brasil era a 6ª economia do mundo, e passou para a 12ª economia. “Mas, hoje, já estamos novamente em 8º lugar, estamos duas posições atrás do histórico do governo Lula”, frisou.
Haddad também afirmou que alguém tem que pagar a conta e questionou: “Você sai de uma grande empresa por 10 anos sem pagar imposto para fazer o reajuste do imposto em cima do salário mínimo? Fazer o ajuste fiscal em cima do Bolsa Família? É uma coisa cuidadosa, sei que tem muito lobby. Não há lobby pobre em Brasília, não há manifestações de pobres pedindo isso. O que existe é lobby das empresas, dos escritórios de advocacia. É um inferno aqui.
O chefe da Fazenda explicou ainda que já existe uma conversa com o Congresso para pedir o fim dos “jabutis” — emendas parlamentares que não têm ligação direta com o texto principal em discussão no Congresso. “A maioria dos ministros até tentou fazer alguma coisa, mas não teve forças para fazer. Estamos tendo a energia e o entendimento necessários com o Congresso desde o fim desta fase. Essa fase de tartaruga, de favor tem que acabar, em busca de mais transparência, de oferecer apoio a quem precisa”, enfatizou.
“Há empresas que precisam de apoio, indústrias nascentes, áreas estratégicas, áreas sensíveis. Veja o Plano Safra, o Brasil é o maior produtor de alimentos do mundo e agora nos tornamos o maior exportador de produtos alimentícios industrializados. Temos que encontrar um caminho para o equilíbrio”, continuou Haddad.
Geração de empregos
Durante a entrevista, o ministro destacou ainda que o Brasil bate recordes de geração de empregos. “Estamos gerando empregos? Muito. Em sete meses, criamos 1,5 milhão de empregos no Brasil. Estamos batendo recordes de geração de empregos no Brasil.”
Segundo ele, o problema do Brasil não é a oferta ou a demanda de mão de obra. “Demanda, converso com qualquer empresário de qualquer setor e a pessoa vai dizer que está com dificuldade para contratar. ‘Preciso contratar, quero expandir meu negócio’. Então, temos que entender que esse é o momento de fazer essa correção de rumo. A economia vai crescer mais de 3% este ano, a criação de emprego será um recorde este ano e não nos podemos acomodar”, afirmou.
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