Apesar das críticas de especialistas de que o governo quer confiscar o dinheiro dos brasileiros esquecido nos bancos. Na apresentação do relatório bimestral de avaliação de receitas e despesas do 4º bimestre, o secretário executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, afirmou ontem que a equipe econômica não abre mão da “compensação integral” pela isenção de folha de pagamento das empresas de 17 setores de municípios com até 156 mil habitantes. Ele sinalizou ainda que o governo retornará ao Supremo Tribunal Federal (STF) caso os valores esquecidos nas contas bancárias não sejam considerados uma contraprestação válida para que o governo possa encerrar as contas para cumprir a meta fiscal prevista no marco.
“Se isso não for entendido como uma indenização válida, será preciso voltar ao Supremo e dizer que faltou parte da indenização. compensar R$ 8 bilhões a menos”, disse Durigan, durante a apresentação do mais recente relatório bimestral de avaliação de receitas e despesas do governo. Ele não detalhou, porém, se, neste caso, o governo enviaria uma nova medida ao Congresso ou que medida seria.
Em nota técnica enviada aos parlamentares na semana passada, o Banco Central afirmou que a incorporação desses números no resultado primário (equilíbrio entre receitas e despesas, sem considerar juros da dívida pública) estava “em claro desacordo com sua metodologia estatística, indo contra às orientações do Tribunal de Contas da União (TCU) e ao recente entendimento do STF sobre o assunto”. Ontem, a equipe econômica detalhou os dados do relatório de receitas e despesas do quarto bimestre, divulgado na sexta-feira, aumentando o bloqueio de gastos em R$ 2,1 bilhões, para R$ 13,3 bilhões, após um degelo de R$ 1,7 bilhão, que causou mais confusão entre analistas, gerando críticas, mostrando que o governo persegue a meta mínima, de um rombo fiscal de R$ 28,8 bilhões, ou 0,25% do Produto Interno Bruto (PIB), em vez de déficit zero.
Gustavo Guimarães, secretário executivo do Ministério do Plano e Orçamento, disse aos jornalistas que o “esforço do governo” é manter a meta atual. Para ele, mudar a meta neste momento seria “morrer na praia” e, por isso, a equipe econômica trabalha todos os dias para garantir que o objetivo fiscal estabelecido não seja perdido e que uma mudança na reta final do ano seja “inviável”. “Isso não está em cima da mesa. Depois de todo o esforço, ter o custo de mudar a meta em 2024 vai contra a nossa racionalidade”, acrescentou.
O número dois do Tesouro acrescentou que a equipa económica sente um certo “desconforto” com as críticas dos analistas do mercado financeiro sobre o cumprimento da meta. “Temos o equilíbrio fiscal como base da política econômica. Por isso, temos feito um esforço maior para ajustar as contas do país e cumprir as metas. Há desconforto quando percebemos alguma irracionalidade na repercussão. superou as expectativas”, disse Durigan.
Na opinião do economista-chefe da Warren Investimentos, Felipe Salto, os números divulgados no último relatório podem ser considerados negativos pelo retrato da situação fiscal e pela credibilidade das projeções. “Foi necessário encontrar um volume elevado de receitas não recorrentes para praticamente evitar cortes nas despesas discricionárias na busca pelo cumprimento da meta primária, mesmo com o crescimento das despesas obrigatórias”, disse.
Para o professor de Economia da Universidade de Brasília (UnB), Newton Marques, a meta de zerar o déficit fiscal neste ano é usada como estratégia para reduzir gastos. “O Banco Central e o mercado financeiro ficam incomodados quando o Governo Federal parece descumprir tanto o déficit público zero quanto as regras flexíveis do arcabouço fiscal”, destacou.
Alckmin defende enquadramento
Durante o lançamento da terceira etapa do programa Brasil Mais Produtivo, realizado na sede da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), o presidente da República em exercício, Geraldo Alckmin, disse que o governo cumprirá “rigorosamente” o quadro fiscal. Ele argumentou que houve uma “pequena descontingência” motivada pelo aumento da receita, recebendo críticas pelo descongelamento de R$ 1,7 bilhão do Orçamento de 2024.
“O governo está comprometido com o marco fiscal. Ele vai cumpri-lo à risca. Em 2022, qual era a carga tributária brasileira? 33,07% do Produto Interno Bruto (PIB). Quanto era a carga tributária no final do ano passado ?32,04%. Caiu 0,6%. E quando abriram os três níveis de governo, os municípios aumentaram um pouco a carga tributária, os estados, e muito, a federal”, declarou o vice-presidente. (Com informações da Agência Estado)
Você gostou do artigo? Escolha como acompanhar as principais notícias do Correio:
Dê sua opinião! O Correio tem espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores através do e-mail sredat.df@dabr.com.br
ra soluções financeiras
blue cartao
empresa de crédito consignado
download picpay
brx br
whatsapp bleu
cartão consignado pan como funciona
simulador crédito consignado
como funciona o cartão consignado pan
ajuda picpay.com