Marcelo Fiche, coordenador de projetos de hidrogênio verde (H2V) da Rede Brasileira de Certificação de Pesquisa e Inovação (RBCIP), falou sobre a produção de H2V no Brasil durante evento sobre o “combustível do futuro” na Correio Braziliense.
Na sua intervenção, o especialista da RBCIP destacou a dificuldade de obter apoio para a realização de investigação. “Somos uma instituição que tem mais de 160 doutores, fazemos investigação e temos dificuldade em desenvolver tecnologia no país porque falta apoio”, relatou.
O coordenador comparou a situação do Brasil com a da Alemanha, país europeu bastante avançado no uso do hidrogênio verde. “Não é como a Alemanha, onde há um instituto de investigação que recebe 190 mil milhões de euros só do governo, mais o sector privado que os coloca”, analisou.
E citou o exemplo de uma cidade alemã que já era muito ativa no uso de H2V há dois anos. “Estávamos em Hamburgo, em 2022, vimos o eletrogênio avançado. Lá eu diria que é o Vale do Silício. Lá você tem vários postos de gasolina, caminhões, trens, 6 mil carros de eletrogênio rodando”, exemplificou.
Para Fiche, porém, transformar o setor de transportes brasileiro ainda é um plano para o futuro a longo prazo. “O uso da energia elétrica como meio de transporte no Brasil, seja rodoviário, ônibus,
caminhões, acho que ainda falta um passo”, disse.
Confira o evento na íntegra
Outra alternativa
O coordenador da RBCIP disse ainda que, antes de pensar grande, é preciso fazer as pessoas acreditarem no hidrogénio verde e afirmou que o H2V não é a salvação, mas sim mais uma alternativa energética verde.
“Primeiro é (necessário) acreditar no hidrogénio, porque acho que há muita gente que tem dúvidas. tem etanol, riqueza hidrelétrica, riqueza eólica É um bom armazenador de energia”, destacou.
O especialista também comentou sobre o uso do gás natural. Ele explicou que a Bolívia vende uréia ao Brasil a preços baixos e que a Europa enfrenta dificuldades porque depende do gás russo para produzir seus fertilizantes. “Por que a Bolívia vende uréia para o Brasil? Porque ela é feita de amônia, que vem do hidrogênio e vem do gás natural. A Europa também vive esta dependência do gás natural para produzir os seus fertilizantes”, explicou.
E citou a produção doméstica de fertilizantes como um plano de curto prazo para a utilização de hidrogénio verde. “Esta é uma rota muito importante, para produzirmos os nossos fertilizantes, mas já na nova pegada verde, já utilizando hidrogénio verde”, sugeriu.
O evento “Hidrogênio Verde: o combustível do futuro” é realizado pelo Instituto Cultura em Movimento, com patrocínio do Banco do Nordeste, Caixa Econômica Federal e governo federal; apoio da Federação das Indústrias do Distrito Federal (Fibra); e suporte de comunicação de Correio Braziliense.
O encontro reúne autoridades, entidades do setor produtivo e especialistas, no modelo de debate, para abordar as potencialidades e desafios para a ampliação da produção de hidrogênio verde no país, alternativa promissora para a descarbonização da economia e a transição para uma matriz mais energética. sustentável.
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