A agência norte-americana de classificação de risco Moody’s elevou o rating de crédito soberano do Brasil de Ba2 para Ba1, nesta terça-feira (1/10), mantendo a perspectiva positiva do rating. Com isso, o país fica a um passo do selo de bom pagamento, o chamado grau de investimento – nota de corte para uma instituição ou país ser considerado um paraíso seguro para investimentos.
A revisão ocorre poucos meses depois de a agência ter atribuído perspectiva positiva ao rating do país, em maio de 2024, e uma semana antes de reunião entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, com as agências de classificação de risco. nos Estados Unidos. Em comunicado, a instituição atribui a melhoria ao crescimento superior ao esperado do Produto Interno Bruto (PIB) e ao histórico recente de reformas económicas e fiscais.
“Nesse contexto, a agência chama a atenção para a relevância do compromisso com as metas fiscais e com a trajetória de estabilização da dívida/PIB, considerando estes fatores fundamentais para a perspectiva positiva do novo rating”, informou a nota da instituição.
Ao mencionar a importância de diversas reformas recentes para melhorar as expectativas de crescimento do país no médio prazo, a agência destacou a reforma tributária. A agenda de transição energética do governo também foi destacada como um factor que não só atrai o investimento privado, mas também reduz a vulnerabilidade do país aos choques climáticos.
Em relação às questões fiscais, a Moody’s informou que espera uma melhoria gradual nos resultados primários do governo, em linha com as metas fiscais para os próximos três anos. Esta expectativa baseia-se nos esforços para aumentar as receitas e nas iniciativas de redução de despesas. Segundo a agência, embora as despesas com dívidas e juros sejam consideradas elevadas, o Brasil possui “ativos líquidos significativos e é financiado principalmente em moeda local no mercado interno”.
O Ministério da Fazenda comemorou o resultado e reafirmou o compromisso com a melhoria contínua dos resultados fiscais, envidando esforços para aumentar as receitas e conter as despesas. “Além de estabilizar a relação dívida/PIB, um equilíbrio fiscal mais robusto contribuirá para a redução das taxas de juros e a melhoria das condições de crédito, criando um ambiente favorável à expansão dos investimentos públicos e privados”, destacou o ministério em comunicado. comunicado divulgado. seguindo a declaração de Moody.
“A elevação da classificação de crédito pela Moody’s reflete o reconhecimento dos avanços nas contas públicas, cenário propício ao crescimento e aos sólidos fundamentos da economia brasileira”, acrescentou.
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