Os Ministérios da Fazenda e do Planejamento atualizaram nesta quarta-feira (22/5) mais indicadores da grade de parâmetros macroeconômicos utilizados nos cálculos da execução orçamentária de 2024. Os dados constam do Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas do 2º bimestre, divulgado no período vespertino.
A equipe econômica elevou a projeção para a Selic acumulada em 2024 de 9,63% para 10,31%. Na última reunião, o Comitê de Política Monetária (Copom) reduziu a taxa básica de juros em 0,25 pp, para 10,50% ao ano.
A projeção para o câmbio médio deste ano passou de R$ 4,94 para R$ 5,04. A previsão de aumento da massa salarial nominal, por sua vez, passou de 9,84% para 10,46%. A estimativa para o preço médio do barril de petróleo no mercado internacional passou de US$ 80,70 para US$ 82,65.
Na semana passada, a equipa económica divulgou a nova projeção para o crescimento económico este ano, que passou de 2,2% para 2,5%. A projeção oficial para a inflação medida pelo IPCA passou de 3,50% para 3,70%, enquanto a estimativa para o INPC — utilizado para correção do salário mínimo — passou de 3,25% para 3,50%.
Despesas discricionárias
Outro ponto anunciado no relatório foi a reversão do bloqueio de R$ 2,9 bilhões em despesas discricionárias no Orçamento deste ano para cumprir o limite de gastos do novo marco fiscal. Com a liberação do valor, o limite de gastos do enquadramento ainda tem margem de R$ 2,5 bilhões segundo o documento.
O Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas do 2º bimestre também revisou a estimativa do déficit primário de 2024 de R$ 9,3 bilhões para R$ 14,5 bilhões. A principal meta de resultado do Governo Central este ano é um resultado neutro, 0% do Produto Interno Bruto (PIB), conforme estabelecido pelo novo quadro fiscal.
O Orçamento proposto pelo governo previa um pequeno superávit de R$ 2,8 bilhões. A projeção da equipe econômica para a receita primária total da União neste ano passou de R$ 2,688 trilhões para R$ 2,704 trilhões. A estimativa de receita líquida — livre de transferências para governos regionais — passou de R$ 2,175 trilhões para R$ 2,181 trilhões neste ano.
Do lado das despesas primárias, a previsão de gastos totais em 2024 saltou de R$ 2,184 trilhões para R$ 2,209 trilhões. Com as revisões deste relatório, o volume de gastos obrigatórios aumentou de R$ 1,980 trilhão para R$ 2,000 trilhões, enquanto as despesas discricionárias variaram de R$ 204,4 bilhões para R$ 208,8 bilhões neste ano.
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