O governo federal e a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) anunciaram nesta quarta-feira (16/10) um esforço conjunto para reduzir o custo do crédito no país. A discussão decorrerá num grupo de trabalho no âmbito do “Conselhão”, e deverá apresentar resultados até fevereiro do próximo ano.
A elevada taxa de juros para obtenção de crédito, seja por parte de empresas ou pessoas físicas, é uma preocupação para o setor produtivo. Um custo mais elevado dificulta a contracção de empréstimos para financiar novos empreendimentos, por exemplo, e prejudica o crescimento económico.
Não se trata apenas da taxa básica de juros, mas sim do conjunto de fatores que influenciam o mercado de capitais, como os impostos incidentes sobre a atividade — e que os bancos querem reduzir, em diálogo com o governo. Porém, a Selic em 11,75%, após alta do Banco Central, voltou a causar preocupação.
O anúncio ocorreu no Palácio do Planalto, após reunião entre banqueiros e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O grupo de trabalho será chefiado pelo Ministério da Fazenda e pela Secretaria de Relações Institucionais (SRI), que coordena o Conselho.
“Temos um calendário de atividades até pelo menos fevereiro, mas são esperados anúncios antes disso. Teremos a reunião plena do Conselho em dezembro”, comentou o ministro do SRI, Alexandre Padilha, à imprensa após a reunião.
“Esse grupo vai funcionar, como funcionou muito bem o grupo de trabalho do Crédito”, acrescentou, citando o programa de renegociação de créditos e dívidas para empresários individuais, micro e pequenas empresas lançado na semana passada.
Sugestões e equilíbrio econômico
Segundo Padilha e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, outros órgãos públicos e setores econômicos serão convidados para o grupo. Haddad garantiu a presença de representantes do Banco Central.
O chefe da ala económica destacou ainda que, apesar do custo elevado, o mercado está a crescer. “O crédito está subindo mais de 10% este ano. Está em dois dígitos há não sei quantos meses consecutivos. O quadro de garantias foi aprovado, o financiamento de veículos está subindo 18%, segundo os bancos informaram o presidente”, disse Haddad.
O ministro também citou a emissão de R$ 84 bilhões em debêntures incentivadas e disse ver um cenário positivo para redução do spread bancário —indicador que impacta nas taxas cobradas pelas instituições financeiras.
“A Febraban apontou vários caminhos, desde o equilíbrio da Previdência Social e os efeitos de ter ou não expertise na concessão de benefícios, e fez um pequeno balanço da reforma trabalhista e do diálogo permanente que tem mantido com os sindicatos”, disse Haddad. .
O setor bancário foi representado pelo presidente da Febraban, Isaac Sidney, e pelo presidente do Conselho de Administração da entidade, Luiz Carlos Trabuco.
Também participaram os presidentes do Itaú, Milton Maluhy, do Bradesco, Marcelo Noronha, e do Santander, Mário Leão, além do presidente do Conselho de Administração do BTG, André Esteves.
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