O diretor de Assuntos Internacionais e Gestão de Riscos Corporativos do Banco Central (BC), Paulo Picchetti, disse nesta quarta-feira (23/10) que as expectativas de inflação para 2025 estão mais próximas do teto do que do centro dos 3%, definido pelo Conselho Nacional Conselho Monetário (CMN).
“Isso nos causa grande preocupação”, disse ele em evento com investidores promovido pela XP Investimentos paralelo às reuniões anuais do Fundo Monetário Internacional (FMI), em Washington, nos Estados Unidos.
Em apresentação, o diretor mostrou que a inflação no Brasil continua desacelerando, mas se estabilizou em patamar acima da meta. A margem de tolerância para que seja considerado cumprido é de 1,5 ponto percentual para baixo ou para cima. “A atividade económica continua a surpreender consistentemente em alta e as pressões no mercado de trabalho continuam”, destacou, ao avaliar o cenário para a política monetária no próximo ano.
Nesse sentido, Picchetti destacou que os impactos das mudanças climáticas são um desafio, considerando que eventos extremos impactam diretamente os preços e a política monetária. Para ele, os eventos climáticos “não podem mais ser considerados aleatórios e transitórios”.
O diretor do BC afirmou que a autoridade monetária continuará acompanhando a evolução do cenário, sem antecipar os próximos passos da política monetária ou o tamanho do ciclo de elevação dos juros. “Optamos por depender totalmente dos dados para os próximos passos, com o compromisso claro de fazer a inflação convergir para a meta. Acompanharemos as expectativas e projeções da inflação, da atividade, do mercado de trabalho e da evolução fiscal”, frisou.
Risco fiscal
Segundo Picchetti, o risco fiscal também explica porque a Selic supera as taxas de juros dos países desenvolvidos e da maioria dos países emergentes. “Estamos a observar atentamente a evolução da política fiscal”, reforçou.
O diretor afirmou ainda que o BC identifica que a preocupação do mercado com os rumos da política fiscal tem se traduzido em prêmios na curva de juros futura. “Quando se tenta identificar os factores por detrás deste fenómeno, isso aponta principalmente para as preocupações dos agentes de mercado com a evolução fiscal do país”, ponderou.
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