Nesta terça-feira (29/10), o Ministério da Fazenda e a Secretaria de Prêmios e Apostas (SPA) assinaram acordos com quatro órgãos internacionais que monitoram manipulações no setor de apostas esportivas. A parceria visa fortalecer o combate e a prevenção de fraudes em resultados de apostas.
Para o secretário de Prêmios e Apostas, Regis Dedena, este contrato é o início da prevenção de crimes no ambiente de apostas esportivas. “O que tem sido feito desde o início deste ano é ficar atento a cada uma das externalidades negativas dessas atividades. A mais relevante discutida aqui hoje na assinatura é a manipulação de resultados, mas sabemos que existem outras, como como lavagem de dinheiro e o uso dessas atividades para explorar pessoas”, disse ele.
O governo federal assinou o acordo, com prazo de 60 meses (cinco anos), com as instituições Genius Sports, International Betting Integrity Association (IBIA), Sport Integrity Global Alliance (Siga e Siga Latin America) e Sport Radar. Os órgãos poderão compartilhar dados e informações sobre fraudes em apostas em todo o país para auxiliar na formação de equipes de servidores que atuarão no processo.
“É com a possibilidade de integração, de troca de experiências, de troca de conhecimentos sobre como isso é feito, como é evitado e como as pessoas têm tentado contornar isso no mundo que vamos melhorar o nosso setor aqui no Brasil”, afirmou Dudena .
Além disso, o secretário de Apostas Esportivas e Desenvolvimento Econômico do Esporte, Giovanni Rocco Neto, argumentou que o Brasil precisa ser “rápido e eficiente” na investigação e punição de possíveis episódios de manipulação de jogos.
Segundo Neto, o governo está preocupado com o risco à imagem e à integridade do esporte brasileiro. “Temos preocupação em preservar a imagem do esporte brasileiro em todos os sentidos”, afirmou o secretário.
Desde o dia 11 de outubro, o governo federal intensificou a regularização das casas de apostas online, com a desativação do acesso a sites de apostas irregulares. A medida prevê que, até 31 de dezembro de 2024, apenas poderão operar marcas e domínios que tenham solicitado autorização para explorar mercado no Brasil.
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