Após a vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais dos Estados Unidos, as principais criptomoedas do mercado acumularam intensa valorização. O que os especialistas chamam de “Efeito Trump” causou impactos positivos nas moedas virtuais, como o bitcoin, que registrou alta diária de 9,3%, às 19h (horário de Brasília) desta segunda-feira (11/11), em valor equivalente a US$ 87.877 (ou R$ 505.165).
Desde o último dia 7 de novembro, o bitcoin acumula alta de mais de 17%, e a cada dia renova seu maior valor de mercado desde o início da história da moeda virtual, lá em 2008. Outras criptomoedas também seguem ritmo semelhante, como ethereum, que às 19h10 registrava alta de 21,63%, além de binance coin (8,89%) e cardano (70,49%).
Para o especialista em Finanças e CEO da EWZ Capital, Henrique Castiglione, a valorização do bitcoin é resultado de dois fatores principais: o halving do bitcoin e o Efeito Trump.
O halving ocorre a cada quatro anos, em que a remuneração do bitcoin é dividida pela metade. Este evento é considerado uma forma de controlar a quantidade de criptomoeda em circulação. O último evento ocorreu em abril de 2024.
“Historicamente, 6 a 12 meses após os halvings ocorridos no passado, tivemos fortes altas do Bitcoin. Em 2020, após o halving, em menos de um ano e meio, o bitcoin saltou de US$ 8,5 mil para o patamar de US$ 69 mil”, lembra.
Campanha favorável
Sobre os efeitos da eleição de Donald Trump, o especialista explica que o apoio do então candidato republicano durante a campanha pelas criptomoedas foi um sinal positivo para os investidores neste mercado.
“No entanto, o mercado espera que juntamente com o ciclo de corte das taxas de juro que foi iniciado neste segundo semestre pelo Fed (Federal Reserve, Banco Central dos EUA), o governo Trump seja inflacionário, ou seja, que estimular o crescimento económico. , o que tende a beneficiar ativos de risco, como os criptoativos e consequentemente o bitcoin”, destaca.
Na opinião do especialista em investimentos do WIT, Yuri Landim, a alta das criptomoedas pode representar uma oportunidade de diversificação e proteção para os investidores brasileiros, mas requer uma avaliação criteriosa devido à volatilidade e aos riscos regulatórios. “No mercado de criptoativos, um dólar valorizado pode reduzir o apetite por ativos de risco. Mas, ao mesmo tempo, fortalece o apelo das criptomoedas como reserva de valor em períodos de fraqueza do dólar”, ressalta.
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