O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) publicou nota nesta quinta-feira (21/11) em que “rejeita” a decisão da rede de hipermercados francesa Carrefour deixar de vender carne produzida nos países do Mercosul. Para o ministério, a postura é “protecionista” e não se baseia em critérios técnicos.
“O Ministério da Agricultura e Pecuária reitera a qualidade e o compromisso da agricultura brasileira com a legislação e as boas práticas agrícolas, alinhadas às diretrizes internacionais. Diante disso, rejeita as declarações do presidente do Carrefour, Alexandre Bompard, a respeito das carnes produzidas pelos países do Mercosul”, escreveu.
O ministério disse ainda que o sistema de Defesa Agropecuária do Mapa atende aos mais rigorosos padrões, inclusive para a União Europeia, que “compra e certifica, por meio de suas autoridades sanitárias, a qualidade e sanidade da carne produzida no Brasil há mais de 40 anos”.
“A posição do Mapa é de não acreditar em um movimento orquestrado por empresas francesas visando dificultar a formalização do Acordo Mercosul-União Europeia, debatido na cúpula do G20 esta semana. O Mapa não aceitará tentativas vãs de manchar ou prejudicar a reconhecida qualidade e segurança dos produtos brasileiros e dos compromissos ambientais brasileiros”, emendou.
Ontem, o ApexBrasil — agência de exportação do Brasil — já havia se posicionado sobre a declaração de Bompard. “Entendemos que não há motivos razoáveis para restrições à carne produzida no Mercosul. Seguimos os mais rigorosos padrões sanitários e ambientais, que garantem sua qualidade em todas as operações de comercialização da proteína brasileira no exterior — qualidade reconhecida por mais de 160 países, incluindo a União Europeia”, afirmou a ApexBrasil em comunicado.
Bloqueio de carne no Mercosul
A decisão do Carrefour foi comunicada pelo CEO Alexandre Bompard em mensagem a Arnaud Rousseau, presidente da Federação Nacional dos Sindicatos dos Operadores Agrícolas (Fnsea) da França. Foi uma resposta aos agricultores franceses, que são contra a aprovação do acordo entre o Mercosul e a União Europeia.
No país, a Fnsea, em conjunto com o grupo Jovens Agricultores, iniciou o bloqueio de rodovias na última segunda-feira (18). Pedem ao presidente Emmanuel Macron que anuncie que vetará o acordo se este for aprovado pela União Europeia.
O que diz o Carrefour
O Correspondência procurou a rede de hipermercados para comentar a nota do Ministério da Agricultura e Pecuária. Em comunicado, o grupo reforçou o que já tinha dito na quarta-feira: a medida anunciada só se aplica a lojas em França.
“Em nenhum momento (a decisão) se refere à qualidade do produto do Mercosul, mas apenas a uma demanda do setor agrícola francês, atualmente em contexto de crise”, destacou a nota.
“Todos os demais países onde o Grupo Carrefour atua, incluindo Brasil e Argentina, continuam operando sem alterações e podem continuar comprando carne do Mercosul. Nos demais países, onde existe o modelo de franquia, também não há mudanças”, escreveu o grupo.
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