O dólar continuou nesta sexta-feira (29/11) a quarta sessão consecutiva de altas e fechou acima de R$ 6,00 pela primeira vez na história. Parte da razão para a subida advém do desconforto do mercado com as medidas fiscais do governo, que se traduziram num aumento do prémio de risco. Porém, fatores técnicos também entram na equação do aumento, como a rolagem de contratos futuros e a disputa pela formação da última taxa ptax do mês.
A alta do dólar começou na abertura do mercado. A moeda ultrapassou o patamar de R$ 6,00 nos primeiros minutos de negociação e, em pouco mais de uma hora de negociação, rompeu o teto de R$ 6,10, registrando máxima de R$ 6,1155.
Sobre a situação econômica do país, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), disse que qualquer medida de redução de custos dependerá de “todo o esforço, rapidez e boa vontade da Câmara”, mas considerou que as iniciativas do governo que representam renúncias de arrecadação só serão apuradas em 2025 —uma referência à proposta de isenção do Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil por mês.
Depois, foi a vez do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), colocar o time em campo. Em nota, Pacheco afirmou que a isenção do Imposto de Renda “não está em pauta por enquanto e só poderá acontecer se (e somente se) tivermos condições para isso”. Se estas condições não estivessem presentes, “não acontecerá”, alertou Pacheco.
“O mercado interpretou essas mensagens como um movimento em direção à responsabilidade fiscal, ajudando a amenizar a tensão causada pelos anúncios de ontem”, afirma o head de câmbio da B&T Câmbio, Diego Costa.
Em almoço de final de ano na Febraban, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também tentou acalmar os ânimos ao dizer que o projeto de IR só será votado se for neutro do ponto de vista fiscal e que o pacote anunciado não é “o maior final” nem “bala de prata”. À plateia de banqueiros, o ministro disse que pode voltar a discutir a evolução do Benefício de Prestação Continuada (BPC) e da Segurança Social.
Para o economista André Galhardo, consultor da Remessa Online, a reação do mercado ao pacote de gastos “foi desproporcional”. Ele acredita que a volatilidade poderá diminuir à medida que as medidas anunciadas pelo governo forem assimiladas.
“Em algum momento deveremos ver um ajuste. O preço deve ceder ou pelo menos voltar a ficar menos volátil. Porém, imaginar uma recuperação sólida da moeda brasileira nos próximos meses é um desafio”, diz Galhardo, lembrando que há fatores externos, como o retorno de Donald Trump à Casa Branca, o que deverá limitar a margem de manobra do real.
*Com informações da Agência Estado
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