Em evento com empresários nesta quarta-feira (12/04), o governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), falou sobre as oportunidades para o país por meio da regulação do mercado de créditos de carbono. O chefe do Executivo projetou a geração de mais de 300 milhões de toneladas de carbono pelo estado até 2027.
“O carbono é a nova commodity”, disse ele em participação remota no Fórum Brasil, promovido pelo Lide – Grupo de Líderes Empresariais. Segundo ele, esta é uma agenda prioritária para o Pará, que sediará a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, COP30, em 2025. “O Brasil será o grande protagonista da questão ambiental e o Pará estará na vanguarda dessa questão. movimento”, emendou.
Em setembro, antes mesmo da regulamentação ser aprovada no Congresso, o estado vendeu 12 milhões de créditos de carbono. O valor, vendido a US$ 15 por tonelada, tornou-se o maior contrato de comercialização de créditos de CO2 da história, atingindo o valor de R$ 982 milhões (ou US$ 180 milhões).
Segundo o governador, os recursos gerados pelos créditos de carbono serão doados à sociedade, com foco nas populações mais vulneráveis. “Os recursos serão necessariamente revertidos para comunidades tradicionais, quilombolas, comunidades ribeirinhas, extrativistas, além de agricultores. Portanto, é a socialização dos recursos do mercado de carbono que se apresenta como uma solução para que possamos garantir valor acrescentado”, afirmou.
Barbalho também falou em concessões florestais, uma “alternativa nova e ousada”, segundo o governador. Em novembro, durante a COP29, no Azerbaijão, o estado lançou edital para conceder 10,3 mil hectares de área pública para restauração florestal por 40 anos.
A concessão florestal é uma forma de gestão florestal pública que permite a uma empresa ou comunidade gerir uma área pública de forma sustentável. O governo concede o direito de concessão por meio de licitação e as empresas devem respeitar o Plano de Manejo Florestal (PMF) aprovado.
Leilão na B3
A restauração será realizada pela Unidade de Recuperação Triunfo do Xingu (URTX), localizada em Altamira, no sudoeste do Estado. “Em 100 dias teremos edital de licitação na B3 (Bolsa de Valores de São Paulo) para outorgar a primeira concessão dessa área, que foi desmatada e retomada. O Estado do Pará conseguiu restaurar a área, fazer um estudo amplo e consistente do bioma ali e estruturou o projeto para que fosse concedida uma concessão de 40 anos, permitindo a replantação e construção da área”, explicou o governador.
“A partir disso, a iniciativa privada, como detentora deste espaço, poderá utilizar a área para replantar, fazer o manejo florestal e capturar carbono para restauração, o que tem muito mais valor, tornando este um negócio amplo. Estamos falando de um processo de concessão de 40 anos, com investimento de R$ 250 milhões e receita prevista de R$ 1,5 bilhão”, completou.
O chefe do Executivo paraense finalizou dando um recado aos empresários, para que estejam “sintonizados” com a agenda de sustentabilidade: “O Brasil não alcançará seus objetivos apenas com desmatamento zero, precisará restaurar seu bioma. É nisso que o Pará vem trabalhando junto à sede da COP30, para apresentar soluções baseadas na natureza que fortaleçam nossa economia e gerem empregos verdes. Nossa floresta tem valor e este será um mercado fantástico.”
ra soluções financeiras
blue cartao
empresa de crédito consignado
download picpay
brx br
whatsapp bleu
cartão consignado pan como funciona
simulador crédito consignado
como funciona o cartão consignado pan
ajuda picpay.com