Às vésperas da última reunião do ano do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, o mercado financeiro revisou mais uma vez as expectativas para a taxa Selic ao final de 2024. Até a semana passada, a previsão era de alta de 0,5 ponto percentual, mas a percepção de que o Banco Central deveria promover uma solução mais intensa e em menor espaço de tempo ganhou força entre os analistas de investimentos. Por isso, o Boletim Focus revisou a previsão para a taxa de juros no final do ano para 12%, o que indica que a maioria dos agentes de mercado consultados pelo relatório acredita em alta de 0,75 ponto.
Ao final de 2025, o mercado espera uma Selic de 13,50%, enquanto para 2026 e 2027 são esperadas taxas de juros de 11% e 10%, respectivamente. Isto indica que a maioria dos agentes não espera uma taxa inferior a dois dígitos pelo menos nos próximos três anos. Para se ter uma ideia, no primeiro Boletim Focus divulgado em 2024, a projeção para a Selic era de 9%. Na época, a taxa estava em trajetória descendente, após a aprovação do marco fiscal, mas acabou perdendo força ao longo do ano.
Além disso, há uma parcela substancial de agentes que já cogita dois aumentos de 1% nas próximas duas reuniões. O estrategista de investimentos e sócio da RGW Investimentos, José Cassiolato, está entre os analistas que acreditam que o Copom deve promover um aumento ainda mais forte na reunião que começa hoje e termina amanhã. Segundo ele, uma política mais dura neste momento em relação aos juros deverá conter a valorização do dólar em relação ao real, além de oferecer maior estabilidade para todos os demais ativos da economia.
“Congratulo-me, neste momento, com uma política mais dura, mostrando a possibilidade de o Banco Central manter a independência e que possamos, a partir daí, o mais rapidamente possível, começar a reverter esta política monetária para praticar uma taxa de juro mais consistente com o que tem sido acontecendo na dinâmica internacional, com redução das taxas de juros”, diz Cassiolato.
Um dos fatores que mais pesa nas projeções do mercado é a reação dos investidores e demais agentes ao pacote fiscal apresentado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, no dia 28 de novembro. A estimativa de economia de R$ 30 bilhões para o próximo ano e de R$ 40 bilhões para 2026, apresentada inicialmente pelo governo, foi desacreditada pelo mercado, que também não reagiu positivamente à isenção do Imposto de Renda para pessoas físicas que recebem até R$ 5 mil por mês. mês.
“Essa foi uma mensagem muito negativa para o mercado, porque trouxe queda no nível de confiança”, afirma Marcos Moreira, sócio da WMS Capital, que não descarta a possibilidade de um reajuste de 1% na reunião desta semana.
O mercado também elevou a previsão para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2024. Segundo o Focus, os agentes estimam alta de 4,84% na inflação oficial, ante 4,71% na mesma projeção publicada na semana anterior. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga hoje os resultados do IPCA de novembro.
Em relação ao câmbio, a projeção publicada no Boletim Focus também registrou aumento na percepção dos analistas, que passaram a estimar o valor do dólar em torno de R$ 5,95. O Produto Interno Bruto (PIB) deverá sair mais forte, segundo especialistas da Focus. O mercado considera agora um crescimento de 3,39%.
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