O Índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Ibovespa/B3) atingiu, nesta segunda-feira (16/12), o menor nível desde junho passado. Em ritmo de queda, a bolsa brasileira caiu 0,84% e fechou a sessão aos 123.560 pontos, perto da mínima do dia. Foi a terceira queda consecutiva do índice, que caiu 6,26% desde o início do quarto trimestre.
Nesse contexto, há alta tendência de o Ibovespa encerrar o trimestre com a maior queda acumulada no período desde 2014, quando houve queda de 7,59% nos últimos três meses do ano. No momento, a queda já é mais intensa que a registrada em 2021, por exemplo, quando houve retração de 5,55% e, até o momento, é a maior desvalorização do índice nos últimos 10 anos.
Vale ressaltar que nos anos anteriores o último trimestre havia sido positivo para o mercado acionário brasileiro. Em 2023, por exemplo, o Ibovespa registrou crescimento de 15,12%, enquanto em 2020, a alta foi de 25,81%, um dos melhores fechamentos trimestrais da história do índice. Os dados foram coletados pela Elos Ayta Consultoria.
Mercado de ações
Entre as ações, os destaques positivos ficaram com as ações da Minerva Foods (BEEF3), que subiram 5,58%, e as do Grupo Pão de Açúcar (PCAR3), que valorizaram impressionantes 15,61%, acompanhando a notícia de que o empresário Nelson Tanure teria adquiriu 9% da rede.
Esses teriam sido os maiores ganhos do dia, não fossem as ações da Automob, que estrearam na bolsa nesta segunda-feira, com valorização inicial de 180%, apesar do valor da ação ainda ser praticamente insignificante – R$ 0,47.
Do lado negativo, o varejo foi um dos segmentos que mais sofreu impacto negativo no primeiro dia da semana, com as ações do Grupo Assaí (ASAI3) e do Magazine Luiza (MGLU3) caindo 6,09% e 5,37%, respectivamente. . As ações da Vale (VALE3) fecharam praticamente estáveis (0,05%), enquanto as da Petrobras (PETR4) caíram 0,42%.
Pacote fiscal continua em discussão
Um dos principais fatores apontados pelos analistas do mercado financeiro para a desvalorização dos ativos financeiros ainda é a incerteza quanto ao cenário fiscal, com o pacote de medidas econômicas proposto pelo governo em discussão no Congresso Nacional.
Na manhã desta segunda-feira (16/12), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva manifestou preocupação com a possibilidade de o pacote fiscal deixar o parlamento desidratado. Segundo Haddad, chefe do Executivo, ele teria feito “um apelo para que as medidas não fossem desidratadas”.
Para o professor de Economia da Universidade de São Paulo (USP) de Ribeirão Preto Luciano Nakabashi, o cenário fiscal ainda é o grande problema observado pelos agentes de mercado, em linha com a trajetória da dívida em relação ao PIB. Nesta segunda-feira (16), o Tesouro Direto publicou relatório em que projeta que essa relação deve continuar a subir pelo menos até 2027.
“A trajetória tem sido insustentável, mesmo com o crescimento da economia e receitas recordes, os gastos vêm aumentando ainda mais e o governo não demonstra grande disposição para fazer esse controle da forma que deve ser feito para estabilizar essa relação dívida-PIB e trazer mais confiança aos agentes econômicos”, avalia.
O professor acrescenta que o atual momento da bolsa e do câmbio no país é o famoso “preço cobrado” pelas políticas anteriormente adotadas. “Até acho que há boa vontade do ministro das Finanças e do Planeamento, mas sem o apoio do presidente e de uma ala do governo acaba por se tornar difícil, de facto, pôr em prática um plano credível”, acrescenta o professor.
ra soluções financeiras
blue cartao
empresa de crédito consignado
download picpay
brx br
whatsapp bleu
cartão consignado pan como funciona
simulador crédito consignado
como funciona o cartão consignado pan
ajuda picpay.com