O secretário de Articulação Institucional do Ministério do Planejamento e Orçamento, João Villaverde, defendeu nesta terça-feira (17/12) que as Rotas de Integração Sul-Americanas podem beneficiar ainda mais o Brasil após o fechamento do acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia.
Na avaliação dele, os países vizinhos já têm interesse em utilizar os portos brasileiros, voltados para o Oceano Atlântico, para exportar produtos. A iniciativa visa conectar todos os países da América do Sul, mas também as duas costas do continente.
“Podemos usar o Pacífico tanto quanto usamos o Atlântico. Não vamos deixar de usar o Atlântico, é uma benção nossa”, comentou o secretário em evento na sede da Correio Braziliense. “E este mês foi assinado o maior acordo comercial do planeta Terra, o acordo Mercosul e União Europeia. Os nossos vizinhos, que não são banhados pelo Atlântico, têm agora um interesse real em utilizar os nossos portos”, acrescentou.
O evento Desafios 2025: o futuro do Brasil na agenda é realizado pela Arena Comunicação, com patrocínio da Brasal e da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI); apoio da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e da Federação Brasileira de Bancos (Febraban); e suporte de comunicação do Correio Braziliense.
Rotas de Integração é um dos principais projetos liderados pelo Ministério do Planejamento e Orçamento, composto por cinco rotas ligando todos os países da América do Sul. Segundo Villaverde, o governo ouviu os secretários de Planejamento e Desenvolvimento Econômico dos 11 estados fronteiriços. No total, o investimento já contratado pelo governo federal é de US$ 10 bilhões, que serão aplicados em mais de 190 obras de infraestrutura, dentro do Programa de Aceleração do Novo Crescimento (PAC).
Villaverde exibiu e comentou um slideshow de sua pasta, com detalhes sobre as Rotas. Serão elas: Ilha das Guianas, Amazônia, Quadrante Rondon, Bioceânica de Capricórnio e Bioceânica do Sul. O projeto teve origem no Consenso de Brasília, documento assinado em 30 de maio de 2023 por todos os presidentes da América do Sul.
COP 30 é uma oportunidade
Sobre as oportunidades futuras para o Brasil, Villaverde se mostrou otimista com o cenário atual, apesar dos temores sobre os rumos fiscais e a alta do dólar, e mencionou que os resultados do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) 2023 e 2024 superaram em muito as previsões do mercado.
Além disso, destacou a COP 30, que será realizada no Brasil no próximo ano. “É uma oportunidade e vai passar. Quando chegar 2025, em novembro, o mundo inteiro estará no Brasil, e então não será tão cedo. Temos de aproveitar esta oportunidade para fazer mais negócios, aumentar a criação de emprego e aproveitar mais oportunidades na bioeconomia.
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