A secretária de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), Tatiana Prazeres, esteve no Uruguai para anunciar a conclusão do acordo de livre comércio entre o Mercosul e a União Europeia. Para ela, o acordo é “histórico” e tem potencial para mudar o nível do comércio exterior brasileiro.
“Para chegarmos lá é necessário que o acordo seja ratificado e entre em vigor, mas mesmo assim a conclusão definitiva das negociações é um marco que merece ser comemorado. Houve manifestações de apoio do setor industrial brasileiro , do agronegócio brasileiro, e um acordo que era muito aguardado pelo setor produtivo, em geral, e nossa expectativa é trabalhar para que, de fato, ele entre em vigor o mais rápido possível”, avalia o secretário, em entrevista ao Correspondência.
Em novembro, pouco antes do anúncio do acordo entre os dois blocos, um episódio causou desacordo entre França e Brasil, devido a um boicote à carne brasileira por parte da rede de supermercados francesa Carrefour. Após resposta imediata dos frigoríficos brasileiros, a empresa voltou atrás e pediu desculpas. Na visão do chefe da Secex, o episódio mostrou a importância de o governo e a iniciativa privada estarem unidos para defender as credenciais e a reputação da produção agrícola brasileira.
“O Brasil é um fornecedor relevante e confiável para todos e é importante que os padrões sanitários da nossa produção agrícola não sejam questionados levianamente”, afirma o secretário, que defendeu que episódios de protecionismo às exportações brasileiras devem continuar a ocorrer. “Mas para o governo brasileiro é inaceitável que sejam levantadas dúvidas sobre a qualidade da nossa produção”, acrescenta.
Problemas internos
Apesar do otimismo após o acordo com a União Europeia, o Mercosul tem de lidar com questões internas. Após assumir a presidência rotativa do bloco, o presidente da Argentina, Javier Milei, disse que o grupo é uma “prisão” e defendeu que os países membros tenham mais liberdade e autonomia para assinar outros acordos. Mesmo com essas declarações, o secretário minimiza as diferenças ideológicas e aposta no pragmatismo para avançar nas relações bilaterais com a Argentina e dentro do bloco.
Prazeres destaca ainda que acompanha de perto a retomada do crescimento econômico no país vizinho, que registrou superávit nas contas públicas pelo 10º mês consecutivo em novembro. “A Argentina é um mercado muito relevante para os produtos industrializados brasileiros e essas exportações têm sofrido nos últimos anos, devido à retração da economia argentina”, afirma o secretário. Ela lembra a histórica relação comercial entre os dois países. “O Brasil está interessado em uma América do Sul próspera e isso é importante para os exportadores brasileiros de produtos manufaturados.”
O mesmo pragmatismo é defendido pelo secretário nas relações com os Estados Unidos, que terão Donald Trump à frente da Casa Branca a partir do próximo mês. “Estamos confiantes desta relação sólida entre o setor privado, de ambos os lados, da existência de instituições robustas. Existem vários mecanismos de diálogo entre os dois governos”, destaca.
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