Dados publicados nesta quarta-feira (22/1), pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), na Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), mostram que 29,3% da população tinha dívidas em atraso em dezembro 2024, enquanto no mesmo mês do ano anterior esta taxa era de 28,8%.
Acompanhe o canal Correio no WhatsApp e receba as principais notícias do dia no seu celular
Apesar do aumento da inadimplência, o número de famílias endividadas – que não necessariamente têm dívidas em aberto – caiu na comparação entre os dois anos. Em dezembro de 2023, essa taxa era de 77,6%, enquanto no mês passado caiu para 76,7%, o que representa uma queda de 0,9 pontos percentuais.
Segundo a CNC, a redução do endividamento pode ser atribuída à maior cautela dos brasileiros diante do cenário econômico com aumento da taxa Selic e da inflação, o que dificulta o acesso e aumenta o custo do crédito.
“A inadimplência é reflexo do impacto desproporcional desses fatores nas famílias de baixa renda, que enfrentam altas taxas de juros e renda limitada para absorver o aumento dos preços. É fundamental promover um ambiente econômico estável e políticas que aumentem a capacidade de consumo”, avalia o presidente da entidade, José Roberto Tadros.
Pessoas mais pobres estão mais endividadas
A pesquisa mostra também que os mais pobres também são os mais afetados. Quatro em cada cinco famílias (80,5%) que recebem até três salários mínimos tinham alguma dívida pendente em dezembro de 2024. Para efeito de comparação, nas famílias cuja renda varia entre 5 e 10 salários mínimos, o percentual era de 72,4%.
A diferença, porém, é ainda maior quando se analisam apenas as famílias inadimplentes. Entre quem ganha até três salários, 37,8% tinham dívidas em aberto, enquanto entre quem ganha de 5 a 10 salários o índice era de apenas 21,7%. Nas famílias com renda total superior a 10 salários mínimos, o percentual de inadimplentes ao final do ano não ultrapassava 15%.
Para o economista-chefe da CNC, Felipe Tavares, o cenário para este ano é ainda mais desafiador, dada a perspectiva de inflação elevada e juros ainda mais elevados. “Isso tende a pressionar tanto a dinâmica do mercado quanto os custos das empresas, reduzindo a empregabilidade e afetando a capacidade de pagamento de salários e de geração de renda e, por outro lado, encarecendo todo o custo da economia. Então os preços tendem a subir”, destaca.
ra soluções financeiras
blue cartao
empresa de crédito consignado
download picpay
brx br
whatsapp bleu
cartão consignado pan como funciona
simulador crédito consignado
como funciona o cartão consignado pan
ajuda picpay.com