A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) adquiriu, ontem, 263 mil toneladas de arroz importado, em leilão público de compra. O evento serve para amenizar o impacto social e econômico das enchentes no Rio Grande do Sul, responsável por 70% da produção nacional de grãos. A compra visa reduzir o preço do produto, que disparou nos supermercados —inclusive no Distrito Federal.
O custo da operação é
R$ 1,316 bilhão. O leilão foi destinado à compra de 300 mil toneladas de cereal, ao preço máximo de R$ 5/kg. Do volume ofertado, 87,7% foram negociados. A Conab prepara novo edital para obtenção das 36 mil toneladas restantes.
Os produtores criticaram o leilão, argumentando que o país está suficientemente abastecido. Na véspera, o desembargador Bruno Fagundes de Oliveira, da 4ª Vara Federal de Porto Alegre, concedeu liminar para suspender a compra, movida pelo partido Novo. Porém, horas antes do ocorrido, o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) revogou a medida, acatando as justificativas da Advocacia-Geral da União (AGU) e da Conab.
Os lotes leiloados tiveram preço mínimo de R$ 4,9899/kg e máximo de R$ 5/kg, com média de R$ 4,9982/kg. O governo pretende vender arroz em embalagens específicas a R$ 4/kg, para que o preço final de um pacote de 5kg não ultrapasse R$ 20.
Segundo o presidente da Conab, Edegar Pretto, o próximo leilão deverá contemplar apenas o valor previsto para completar as desejadas 300 mil toneladas. “Este primeiro leilão foi um sucesso. O governo autorizou-nos a comprar até 1 milhão de toneladas de arroz. Mas não será comprado de uma só vez, será conforme a necessidade”, explicou.
Reajuste de 100%
Pretto citou dados do Instituto de Defesa do Consumidor do Distrito Federal (Procon-DF), que constatou que o preço do arroz branco nos supermercados de Brasília teve reajuste de mais de 100%. “Se não houver necessidade, não faremos mais compras. Mas enquanto for necessário baixar os preços, faremos leilões. Queremos garantir o produto aos consumidores”, frisou.
O presidente da Conab atribuiu o aumento dos preços às notícias falsas, o que gerou especulações. “Devido ao desastre ambiental, houve desinformação, aconselhando os consumidores a correrem para os supermercados para se abastecerem. Isto teve um impacto negativo, pois criou incerteza e provocou uma enorme subida de preços”, destacou.
Dos 27 locais de entrega propostos pela Conab, não houve interesse dos licitantes em vender o produto para Manaus, Brasília, Campo Grande, Rondonópolis (MT), Picos (PI), Porto Velho, Boa Vista, Herval d’Oeste (SC). ), São José (SC) e Formoso do Araguaia (TO). Recife receberá o maior volume vendido no leilão — 30 mil toneladas.
O produto tipo 1, longo fino, polido e da safra 2023/24, deverá ser entregue por fornecedores externos até o dia 8 de setembro, aos armazéns e superintendências da Conab.
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