O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, reuniu-se nesta sexta-feira (7/6) com o presidente da China, Xi Jinping. Na ocasião, foi anunciado pelo governo chinês um total de R$ 26,4 bilhões em acordos de financiamento de infraestrutura no Brasil, incluindo apoio à reconstrução do Rio Grande do Sul.
O valor é dividido em empréstimos para finalidades diversas. Um crédito de R$ 5 bilhões será destinado ao estado do Rio Grande do Sul pelo Banco Asiático de Investimentos e Infraestrutura (AIIB). Outros R$ 4 bilhões serão transferidos do Banco de Desenvolvimento da China para o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), para projetos ligados ao combate às mudanças climáticas.
Ao fazer um balanço da reunião bienal da Comissão de Coordenação de Alto Nível Sino-Brasileira (Cosban), principal mecanismo de diálogo entre Brasil e China, Alckmin afirmou que a força da parceria comercial entre os dois países significa, na prática, a geração de novos empregos e melhoria da renda dos brasileiros.
“Temos duas tarefas. Uma delas é abrir o mercado e atrair investimentos. O Brasil defende o livre comércio, a conquista de mercados, assim como defendemos o multilateralismo, os acordos comerciais. O Mercosul estava isolado. Só tinha acordos de livre comércio com Israel, Egito e Palestina. Após 12 anos, foi feito um acordo com Singapura. Estamos otimistas de que conseguiremos avançar ainda mais”, afirmou.
A outra tarefa, segundo o vice-presidente, é a defesa comercial. “Com critério não é protecionismo. Se um setor da economia brasileira fizer uma denúncia, é dever do governo investigar. Isto não é para um país ou outro, é uma regra geral, baseada nos padrões da Organização Mundial do Comércio”, acrescentou.
Ao receber Alckmin no Palácio do Povo, Jinping destacou que “China e Brasil são parceiros e irmãos que avançam juntos com a mesma vontade e aspiração”. Este ano, os dois países comemoram 200 anos de relações diplomáticas. Segundo o presidente chinês, “as relações China-Brasil transcendem o âmbito bilateral e servem de paradigma para a promoção da unidade, da cooperação entre os países em desenvolvimento e da paz e estabilidade no mundo”.
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