Para o Head de Proteção de Marcas e Segurança Corporativa da Diageo e coordenador de combate ao mercado ilegal de entidades de bebidas alcoólicas, Daniel Monferrari, o aumento da tributação sobre o setor pode aumentar o comércio ilegal de bebidas alcoólicas e trazer prejuízos à saúde pública.
Monferrari participou nesta terça-feira (6/11) do Debate CB – Bebidas Alcoólicas: Segurança Jurídica na Tributação Seletivaevento realizado por Correspondência. A Diageo é uma das maiores empresas do setor de destilados e produz marcas como o whisky Jhonnie Walker.
“O criminoso não pagará impostos”, frisou Monferrari durante o primeiro painel do CB Debate, que tratou da situação atual da tributação sobre as bebidas e o efeito sobre os produtos ilegais. Ele destacou que o crime organizado opera sob o modelo de “crime como serviço” e inclui a falsificação e o contrabando de bebidas em sua lista de atividades ilegais. Monferrari citou como exemplo as milícias do Rio de Janeiro.
“[A organização criminosa] Utiliza a cadeia logística para distribuição de produtos ilícitos que já possui. Ele acrescenta a falsificação e o contrabando de bebidas destiladas ao seu portfólio de atividades criminosas”, destacou. Alertou ainda para o aumento do mercado de bebidas ilegais, citando um estudo da Euromonitor. Em 2017, a atividade gerou R$ 17,6 bilhões. Em 2023, foram R$ 59,6 bilhões, aumento de 223,3%.
Mercado ilegal e perda de receita
Monferrari destacou que o combate à atividade criminosa é, portanto, a prioridade para combater os efeitos nocivos do álcool, e não o aumento dos impostos com o imposto seletivo, que está em debate no âmbito da Reforma Tributária. Segundo ele, encarecer um produto torna-o mais atrativo para o comércio ilegal, e as experiências de outros países com aumento de impostos sobre bebidas, como na Grécia e na Bélgica, têm mostrado um impacto negativo tanto nas receitas como no aumento do consumo. bebidas e saúde pública, com casos de intoxicação alcoólica ilegal.
“Quando falamos em prejuízo fiscal esse impacto se torna ainda maior. Quando olhamos para os R$ 14,2 bilhões que hoje estão perdidos em receitas no Brasil, podemos perceber que há vários ministérios que não têm esse orçamento”, pontuou.
Você gostou do artigo? Escolha como acompanhar as principais notícias do Correio:
Dê sua opinião! O Correio tem espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores através do e-mail sredat.df@dabr.com.br
ra soluções financeiras
blue cartao
empresa de crédito consignado
download picpay
brx br
whatsapp bleu
cartão consignado pan como funciona
simulador crédito consignado
como funciona o cartão consignado pan
ajuda picpay.com