O presidente do conselho executivo do Instituto Brasileiro da Cachaça (Ibrac), Carlos Lima, defendeu a igualdade tributária para bebidas alcoólicas. Para o dirigente da entidade, ainda existe preconceito em relação às bebidas destiladas brasileiras, que atualmente têm alíquota de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) quase quatro vezes superior à da cerveja.
“Por alguma razão, é esta bebida nacional que tem sido responsabilizada pelo consumo nocivo de álcool. Por causa disso, esta bebida tem sido marginalizada ao longo dos anos e colocada num contexto de pagamento de impostos elevados”, lamentou o diretor, durante uma nova edição do CB.Debatecom o tema Bebidas Alcoólicas: Segurança jurídica na tributação seletiva. O evento é organizado por Correspondênciaem parceria com a Associação Brasileira de Bebidas Destiladas (ABBD).
Desde a publicação da Medida Provisória 690/2015, a diferença entre a carga do IPI sobre bebidas destiladas e fermentadas aumentou consideravelmente. Hoje, as alíquotas do imposto sobre cerveja e vinho são, respectivamente, de 3,9% e 6,5%. Por outro lado, a cachaça e o whisky nacionais são tributados pelo IPI em 16,25% e 19,5%.
Para o presidente do Ibrac, é preciso discutir uma nova forma de garantir o reajuste igualitário das tarifas das bebidas. Ele defende que a mudança não deve ser feita por lei complementar, nem por adequação ao Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
“Quando vemos a realidade do consumo de álcool no Brasil hoje, vemos que a cachaça não é a bebida alcoólica mais consumida no Brasil, então, portanto, não deveria ser essa bebida tradicional brasileira, a bebida que paga no final do ano. dia a conta do consumo nocivo de álcool”, defendeu Lima.
A lei que institui a reforma tributária, aprovada no ano passado, não define quais seriam as alíquotas das bebidas alcoólicas com o fim do IPI e do ICMS até 2032. O texto prevê um imposto seletivo dividido em duas partes (federal e estadual/ municipal) e que a carga será atualizada uma vez por ano com base na inflação medida pelo IPCA, além de considerar o teor alcoólico e o volume do recipiente específico.
Estudo divulgado pelo IBRAC estima que o governo brasileiro já perdeu mais de R$ 2,8 bilhões devido à redução da alíquota do IPI sobre a cerveja em 2015 e ao aumento da cobrança do ICMS. Além disso, o diretor explica que todas as bebidas alcoólicas vendidas no país possuem 14 gramas de álcool, quando considerada uma dose média (350ml, para cerveja, 150ml para vinho e 40ml para cachaça e uísque).
“Se quando olhamos para as doses de consumo de bebidas alcoólicas e o seu teor alcoólico e, no final, chegamos à conclusão de que todas as bebidas alcoólicas têm 14 gramas de álcool, porque é que a tributação não é a mesma? últimos anos, as bebidas espirituosas foram tão penalizadas e a cerveja beneficiou de um melhor regime fiscal?”, questionou o presidente.
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