O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta terça-feira (25/6), que a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central foi satisfatória. Segundo ele, o comunicado da semana passada e o documento se complementam.
“Dei uma olhada hoje de manhã e acho que a ata está muito alinhada com o comunicado, não tem nada muito diferente do comunicado, o que é bom, e passa a ideia de que há uma interrupção para avaliar o cenário externo e interno para que o Copom se sinta confortável em tomar decisões com base em novos dados”, disse Haddad à imprensa, ao ser questionado sobre o documento.
Para o ministro, o documento passa a ideia de que a autoridade monetária promove uma interrupção do ciclo de cortes para que possa avaliar os cenários externo e interno e tomar decisões com base em novos dados, o que, na avaliação do ministro, é um indicativo importante enfatizar”. Na semana passada, o comitê interrompeu o ciclo de cortes, mantendo a taxa básica de juros em 10,5%, em decisão unânime.
Durante a portaria, o chefe da Fazenda também foi questionado sobre a mensagem do Copom de que eventuais reajustes futuros na Selic serão ditados pelo “firme compromisso de convergência da inflação à meta”, e se isso não significaria que o BC poderá elevar o nível de interesse. O ministro, por sua vez, reforçou a ênfase em “interromper” o ciclo de cortes.
Em resposta, Haddad disse que “qualquer ajuste, se necessário, sempre acontecerá”. “O que é importante ressaltar é que a diretoria fala em interromper o ciclo, me parece que essa é uma diferença importante a ser destacada”, reforçou.
Impacto do RS
O ministro da Fazenda destacou ainda que não faz sentido a política monetária levar em conta a calamidade no Rio Grande do Sul. Segundo Haddad, a situação no estado gera uma “pequena pressão inflacionária”, ressaltando que o horizonte de atuação do Banco Central é de médio e longo prazo.
“Acredito que haja uma pequena pressão inflacionária pelo que aconteceu no Rio Grande do Sul, está afetando, é uma inflação que afeta o curto prazo. O horizonte do BC é de médio e longo prazo. levar em conta o que está acontecendo devido ao RS para fins de política monetária porque a taxa de juros de hoje está afetando os 12, 18 meses à frente.”
“As pressões de curto prazo estão sendo administradas com apoio ao Rio Grande do Sul”, acrescentou, dizendo que todos estão trabalhando para superar a situação gaúcha.
Com informações de agências
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