O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, disse que nunca houve conversa com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), sobre ser ministro da Fazenda em um possível governo federal chefiado pelo bolsonarista. Além disso, reforçou que não deve se candidatar nas próximas eleições e que não tem intenções políticas.
Apesar de confessar proximidade e amizade com Tarcísio, desde a época em que ainda era ministro da Infraestrutura na gestão de Jair Bolsonaro (PL), Campos Neto negou rumores circulados na imprensa que indicavam um possível acordo com o governador. “Não tenho intenção de concorrer a nada, nem de ser político, nem nada”, disse o presidente do BC, em entrevista na sede da autarquia, em São Paulo, nesta quinta-feira (27/6).
Além disso, o principal nome da política monetária do país revelou que, em conversas com o governador durante os três eventos em que dividiu o palco com Tarcísio desde o início do atual governo, o ex-ministro da Infraestrutura também não demonstrou interesse em uma candidatura . governo federal, como já revelou em algumas ocasiões. “Nas conversas que tenho com ele, minha percepção é que ele não é candidato agora”, acrescentou Campos Neto.
Mesmo assim, pesquisas mostram que o nome de Freitas ainda é o favorito para herdar o capital político do ex-presidente Jair Bolsonaro nas próximas eleições, tendo em vista que o capitão da reserva é inelegível por ordem do Supremo Tribunal Federal. E desponta como um dos principais nomes para 2026, ao lado de Michelle Bolsonaro, esposa do ex-presidente.
Encurtar o mandato
O presidente do BC também descartou a possibilidade de deixar o cargo antes do término do mandato, que termina em dezembro de 2024. Ele espera entregar o cargo ao seu sucessor no dia 1º de janeiro do ano que vem, com uma “transição tranquila”, em as palavras do próprio Campos Neto. “Tenho o dever de fazer uma transição tranquila, independentemente de quem seja o sucessor, e fazê-lo de forma que fique claro que o Banco Central é um órgão técnico”, destacou.
Para o líder da autoridade, ainda é necessário que o sucessor passe pelo processo judicial, que inclui audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), do Senado Federal, que normalmente acontece em novembro. Sobre um possível nome para assumir o cargo, Campos Neto evitou comentar: “Não cabe a mim fazer nenhum comentário nesse sentido. É uma prerrogativa do governo.”
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