De acordo com dados de pesquisas do McKinsey & Company, Mulheres no Local de Trabalho, realizada em 2023, 48% da força de trabalho global é composta por mulheres. No entanto, apenas 28% dos cargos C-Level são ocupados por eles, indica o relatório. Porém, há empresas que conseguem, através de políticas internas de contratação e desenvolvimento de talentos, mudar esta realidade.
Giovana Pacini, presidente da Merz Aesthetics® Brasil, destaca que para aumentar a igualdade de gênero é necessária conscientização em todo o ambiente de trabalho e também entre aliados externos. “Nossos pares masculinos são muito importantes no processo de reconhecimento e abertura de espaço para as mulheres, mas somos nós mesmos que nos ouvimos e nos entendemos […]”, afirma o profissional.
Desde que assumiu a presidência, Giovana Pacini afirma que já desenvolveu insights importantes sobre estratégias para o desenvolvimento da equidade de gênero nas empresas. Abaixo, ela compartilha seus aprendizados ao longo de seus 20 anos de carreira ligados à luta pelos direitos das mulheres. Confira:
1. Estabeleça um sistema de políticas claras e estruturadas
Para cada 100 homens promovidos de posições operacionais para liderança, apenas 87 mulheres conseguem o mesmo, aponta o relatório McKinsey. Giovana Pacini destaca que parte disso está ligada à falta de políticas de Diversidade e Inclusão que explorem mais do que contratações.
“Igualdade de oportunidades significa dar mais espaço àqueles que têm menos. Significa tratar as pessoas de forma diferente para finalmente alcançar esta igualdade. E isso precisa ser incluído nas políticas empresariais. Por exemplo, como vamos permitir que mulheres que também querem ser mães cresçam na carreira com um modelo totalmente presencial?” pergunta o profissional.
2. Estabeleça metas claras e reais
Determinar, acompanhar e medir os objetivos de igualdade de género é fundamental, mas estes precisam de ser estruturados com base em dados concretos. Ações simples e de baixo custo, como a implementação de comités de diversidade, podem ter resultados significativos na representação feminina.
“Um estudo americano [publicado na American Sociological Review, em 2006] destacou que os comitês podem ter resultados médios de até 30% na ampliação da representação em alguns casos. Este é um bom exemplo de como pensar em metas reais que são alcançáveis […]”, explica Giovana Pacini.
3. Ofereça mentoria
A especialista conta que ela mesma passou por programas de mentoria que lhe permitiram ascender na carreira carreira, destacando o processo quando assumiu a presidência brasileira da Merz Aesthetics®. 67% das mulheres acreditam que precisam de apoio para construir confiança e sentem que podem ser líderes, de acordo com dados da Estudo de liderança feminina da KPMG.
“Além das habilidades práticas, infelizmente sofremos muito com a síndrome do impostor. O desenvolvimento profissional também passa pela construção de autoconfiança para que entendamos que sim, somos capazes. A mentoria nos ajuda a enxergar pontos que nem sempre conseguimos alcançar sozinhos. Oferecer isto a outras mulheres é permitir-lhes libertar-se de certos constrangimentos para progredir”, acrescenta.
4. Combine os salários
Embora possa parecer óbvio, a igualdade de remuneração entre homens e mulheres na mesma posição ainda não é uma realidade. Segundo dados do Banco Mundial, a resolução de práticas discriminatórias, como a disparidade salarial, pode aumentar o PIB global em mais de 20%.
“Como líder feminina, a igualdade salarial é fundamental para mim. É importante implementar auditorias salariais para garantir estes processos. As pessoas falam sobre dinheiro e precisam conversar. Só assim conseguiremos mudar essa realidade”, afirma o profissional.
5. Possibilitar uma cultura de inclusão
A diversidade também impacta os negócios e o potencial de retorno financeiro de empresas. Segundo dados da McKinsey, a diversidade de género nos níveis executivos aumenta em 21% a probabilidade de os lucros ficarem acima da média. “Para que as equipes estejam bem engajadas, elas precisam se sentir incluídas. Em todos os níveis, ouvir é essencial. Sem processos de inclusão claros, que incluam também o relacionamento interpessoal, não podemos construir um negócio forte e saudável”, finaliza Giovana Pacini.
Por Clara Barcelloé
Você gostou do artigo? Escolha como acompanhar as principais notícias do Correio:
Dê sua opinião! O Correio tem espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores através do e-mail sredat.df@dabr.com.br
ra soluções financeiras
blue cartao
empresa de crédito consignado
download picpay
brx br
whatsapp bleu
cartão consignado pan como funciona
simulador crédito consignado
como funciona o cartão consignado pan
ajuda picpay.com