Em discussão com o governo federal desde o ano passado, funcionários de 11 agências reguladoras nacionais se reuniram, nesta quinta-feira (7/11), na sede do Ministério de Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI) para discutir recuperação salarial de técnicos e superiores funcionários de nível.
Apesar de reconhecer avanços em relação à última proposta enviada pelo governo, o Sinagências – sindicato que representa a categoria – avaliou a nova proposta apresentada pelo secretário de Relações do Trabalho do MGI, José Lopes Feijóo, como insuficiente.
A proposta apresentada pelo ministério prevê ganhos de 26% a 34% para a categoria, acumulados de 2023 a 2026. Segundo o próprio ministério, em nota enviada ao Correspondência, essa recomposição totalizaria um ganho acima da inflação projetada para o período. A proposta deverá ser oficializada nesta sexta-feira (7/12), e enviada às bases da categoria, que se reunirão no mesmo dia para discutir o texto.
Apesar disso, o presidente do Sinagências, Fabio Rosa, disse que a proposta avança muito pouco em relação ao que os servidores buscam, que é, segundo ele, a valorização da categoria de regulação e o fim das distorções.
“O princípio da nossa luta é reduzir as disparidades. Mas o que vemos do governo é que a proposta que devem formalizar não reduzirá as disparidades, sejam elas internas ou em relação a outras categorias. E não podemos aceitar isso. Não podemos sair desta mesa aumentando as disparidades, e deixamos isso claro nesta mesa de negociações”, disse Rosa.
Os servidores exigem equiparação salarial com o ciclo de gestão para especialistas em Regulação, Analistas Administrativos e PECs de nível superior. Para os Técnicos de Regulação, Técnicos Administrativos e PECs de Nível Intermediário, a categoria defende a adoção de um nível remuneratório que corresponda a 75% da remuneração dos cargos de nível superior nas agências.
Esta é a quarta mesa de negociação implementada pela MGI com funcionários da agência. Nesta última, o governo apresentou uma proposta que incluía reajuste de 9% em 2025 e 3,5% em 2026. Essa oferta foi rejeitada pelo voto quase unânime dos servidores em reunião realizada no dia 29 de maio.
Confira a lista de agências que reivindicam igualdade salarial:
- Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)
- Agência Nacional de Aviação Civil (Anac)
- Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel)
- Agência Nacional de Mineração (ANM)
- Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS)
- Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA)
- Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT)
- Agência Nacional do Cinema (Ancine)
- Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel)
- Agência Nacional do Petróleo (ANP)
- Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ)
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