Para o ex-governador Rodrigo Rollemberg, atual secretário de Economia Verde, Descarbonização e Bioindústria do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), o Brasil precisa aproveitar as oportunidades que já existem e que podem torná-lo um ” líder mundial numa nova economia, a economia verde”.
“Temos aqui a maior biodiversidade do planeta, temos uma grande disponibilidade de biomassa. Temos uma matriz energética limpa e, portanto, temos tudo para avançar”, afirmou em entrevista ao CB.Poder — programa de Correspondência em parceria com o TV Brasília —, nesta terça-feira (16/7). Aos jornalistas Carlos Alexandre de Souza e Samantha Salum, Rollemberg destacou a importância de o Brasil discutir e avançar em áreas estratégicas para consolidar sua liderança na economia verde.
Assista a entrevista completa:
No programa, ele destacou que, para que esse avanço no setor aconteça, é fundamental definir claramente os marcos regulatórios. “Recebemos investidores diariamente e a primeira pergunta que eles fazem é que precisamos saber quais são as regras do jogo. Nesse sentido, o Congresso Nacional deu um passo importante na semana passada ao aprovar o Projeto de Lei (PL) nº 2.308/2023, que regula a produção de hidrogênio considerado de baixa emissão de carbono (hidrogênio verde), mas temos outros marcos regulatórios importantes que precisam ser avaliados pelo Congresso para que o Brasil possa aproveitar essas oportunidades, refiro-me à regulação do mercado de carbono. “, ele explicou.
Selo Verde
O ex-governador detalhou ainda alguns dos principais projetos que estão em curso e que são essenciais para a economia verde do país. “Temos o combustível do futuro, que regulamenta o combustível de aviação sustentável, o diesel verde, a captura de carbono, aumenta a mistura de etanol na gasolina, aumenta a mistura de biodiesel no diesel e regulamenta o uso de metano. já foi aprovado na Câmara e está no Senado”, frisou.
Outro projeto destacado por Rollemberg é o que regulamenta bioinsumos. “É mais uma grande oportunidade para um país agrícola, que depende 85% de fertilizantes químicos, 70% de fertilizantes fosfatados, 85% de fertilizantes nitrogenados, 98% de potássio. uma indústria que vem crescendo exponencialmente no Brasil. São agendas que precisam ser concluídas no Congresso Nacional para que o Brasil possa transformar suas vantagens em vantagens competitivas, para o benefício conjunto da população brasileira”, reforçou.
Recentemente, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou um decreto que estabelece a certificação de produtos brasileiros que atendam a requisitos ambientais e de sustentabilidade, o chamado Programa Selo Verde. “O objetivo do selo verde é garantir qualidade, sustentabilidade e competitividade aos produtos brasileiros. É uma certificação que garantirá que aquele produto seja produzido com eficiência energética e baixa pegada de carbono, fornecendo informações valiosas aos consumidores e, portanto, construindo um mercado verde”, disse Rollemberg.
Economia circular
Questionado sobre como a indústria nacional está encarando essas iniciativas, Rollemberg se mostrou otimista.
“Há uma receptividade grande da indústria. A produção de bioinsumos beneficiará não só o Brasil, mas todo o planeta com uma agricultura muito mais sustentável.”
Além disso, o secretário do Mdic esclareceu a adesão à Estratégia Nacional de Economia Circular, modelo que considera fundamental para a sustentabilidade. “Esse modelo tradicional de economia fracassou. Vemos isso claramente na quantidade de resíduos nos rios e mares. A economia circular é fundamental para reaproveitar e reciclar produtos, reduzindo a necessidade de novas matérias-primas, emitindo menos gases de efeito estufa, reduzindo custos e criação de empregos”, observou.
E aproveitou para mencionar uma estimativa da Organização Internacional do Trabalho (OIT) de que a transição para uma economia circular poderá gerar cerca de 8 milhões de empregos em todo o mundo. “O potencial da economia circular para a geração de renda, para a criação de empregos e para a sustentabilidade do planeta é grande”, destacou.
Rollemberg também manifestou, no programa, sua preocupação com a rapidez de aprovação das agendas regulatórias no Congresso.
“Lamento que não estejamos mais adiantados nessa agenda. Acho que o Brasil poderia estar recebendo muitos investimentos se já tivesse concluído essa agenda regulatória. raça verde, em primeira posiçãomas ainda precisamos acelerar para chegar em primeiro lugar”, finalizou, esperando que o Congresso priorize essas agendas quando retomar seus trabalhos em agosto, após o recesso.
*Estagiária sob supervisão de Andreia Castro
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