Grande parte do Brasilprincipalmente o Estado de Amazônia e região Centro-Oeste, continua nesta terça-feira (27/08) coberta pela fumaça resultante de queimadas, segundo imagens de satélite disponibilizadas pelo Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (CPTEC/Inpe ).
A fumaça deve descer para o sul do país a partir de quarta-feira (28), com previsão de atingir Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Enquanto isso, em São Pauloa frente fria que chegou ao Estado no domingo (25/8) ajudou a extinguir a maior parte dos focos de fogo e dispersar a densa nuvem de fumaça que encheu cidades do interior de São Paulo durante todo o fim de semana.
Dados do Inpe revelam que a situação observada nos dias 22 e 23 de agosto em São Paulo foi bastante incomum para os padrões de incêndios na região nesta época do ano.
A situação se agravou na sexta-feira (23/8), quando o Estado registrou 1.886 focos de incêndio —mais que os 1.666 registrados no ano passado.
Em comparação com o mesmo mês do ano passado, o aumento foi superior a 880%.
Segundo o Inpe, o Brasil registrava então 4.928 focos de calor. Isso significa que só o Estado de São Paulo respondia por 38% de todos os incêndios no país naquela época, segundo comparação feita pela empresa de meteorologia MetSul.
No fim de semana, autoridades estaduais e federais disseram suspeitar que os incêndios fossem causada por criminosos. Foram abertos inquéritos para apurar as causas dos incêndios e pessoas foram presas sob suspeita de terem causado os incêndios.
O que explica a fumaça que encheu o país?
Karla Longo, pesquisadora do Inpe, observa que os incêndios no Brasil acontecem de forma sistemática todos os anos durante o inverno, com maior concentração nos meses de agosto e setembro.
“Os incêndios ocorridos em São Paulo nos últimos dias foram extraordinários, algo que não acontece com frequência”, diz Longo.
“Mas o Incêndios de desmatamento na Amazônia e o Cerrado, para o manejo da terra – tanto pastagens quanto terras agrícolas – é um comportamento muito bem estabelecido no Brasil. Bolívia e Paraguai têm comportamento muito semelhante. Então isso acontece todos os anos, infelizmente”, afirma a pesquisadora.
A extensão dos incêndios, explica o especialista, depende de fatores como: quão eficaz é a política de combate ao desmatamento; o preço da terra na região desmatada no ano anterior; e quão seco é o clima, já que em anos de seca intensa os incêndios tendem a ser piores.
Por isso, todos os anos o país costuma ser coberto por uma “nuvem” de fumaça nesta época, principalmente em cidades das regiões Norte e Centro-Oeste do país.
“O formato que essa pluma terá depende da posição da frente fria e dos sistemas meteorológicos que atuam na região”, diz Longo.
Esses sistemas são a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT), a Alta Subtropical do Atlântico Sul (ASAS) e os Jatos de Baixo Nível Sul-Americanos (JBNAS), além das já citadas frentes frias (FF) e dos ventos alísios de Sudeste. (ASE), que sopram do oceano para o continente.
A pesquisadora explica que, nesta época do ano, o Nordeste e o Sudeste também apresentam incêndios, mas nessas regiões não costuma se formar uma densa pluma de fumaça como a que cobre as regiões Norte e Centro-Oeste — principalmente por conta do comércio ventos, que normalmente sopram de sudeste ou leste e dispersam essa fumaça muito rapidamente.
O que aconteceu nos últimos dias, diz Longo, é que uma frente fria estacionária no Sudeste desviou a nuvem de fumaça produzida na Amazônia e no Mato Grosso em direção ao Atlântico, passando pelos estados de São Paulo, Goiás, Minas Gerais e Rio de Janeiro. janeiro.
Além disso, houve um número bastante atípico de focos de incêndio no Estado de São Paulo entre os dias 22 e 23 de agosto.
A combinação desses dois fatores contribuiu para a formação da fumaça que encheu Brasília e o interior de São Paulo no fim de semana.
E o que esperar nos próximos dias?
Nesta terça-feira (27), um sistema de alta pressão no sul do Brasil empurra a fumaça em direção ao norte do país, atingindo até áreas que normalmente não queimam no norte do Amazonas.
A partir de quarta-feira, a fumaça volta a descer em direção ao Sul, com uma nova frente fria empurrando a fumaça em direção ao Atlântico, passando pelos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
Em São Paulo, devido à dinâmica dos sistemas climáticos e à extinção de incêndios no Estado com ajuda da frente fria, não há expectativa de retorno da fumaça nos próximos dias.
“Isso se nada acontecer”, destaca Longo, destacando que “ninguém esperava que ocorressem tantos incêndios no Estado de São Paulo como ocorreram”.
“Ainda não se sabe a origem destes incêndios, o que se sabe é que a vegetação estava extremamente seca e os ventos fortes, então qualquer ponto [de incêndio] espalhar uma linha de fogo muito rapidamente. Mas quem exatamente provocou o incêndio ainda está sob investigação.”
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