Elon Musk voltou às redes sociais nesta sexta-feira (30/8) para falar sobre a derrubada do X, antigo Twitter, no Brasil. O empresário, dono da SpaceX, afirmou que “estão fechando a fonte número 1 da verdade no Brasil”, referindo-se ao aplicativo.
O comentário foi feito por Musk ao compartilhar uma publicação que diz que o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, quer fechar a rede social no país por ser a principal fonte de “verdade” para os brasileiros. A postagem também chama Moraes de “ditador”.
Ao longo do dia, o empresário fez diversas publicações criticando o ministro do STF. “A liberdade de expressão é a base da democracia e um pseudojuiz não eleito no Brasil está destruindo-a para fins políticos”, disse Musk em um deles.
Em outro comentário, o dono da SpaceX disse que o Brasil vive um “regime opressor”: “O regime opressor no Brasil tem tanto medo que as pessoas descubram a verdade que levará à falência quem tentar”.
Musk também definiu a decisão de Moraes como um “ataque à liberdade de expressão”, e disse que o mesmo acontecerá nos Estados Unidos se Kamala Harris, candidata à Casa Branca, vencer as eleições. “Os ataques deste ano à liberdade de expressão não têm precedentes no século XXI. Isto também acontecerá na América se Kamala/Walz chegarem ao poder. Basta ouvir o que eles disseram.”
Entenda o caso
Nesta quarta-feira (28/8), Moraes emitiu mandado de intimação contra Musk. O documento pede que a empresa identifique um representante legal no Brasil em até 24 horas. Caso a decisão não seja cumprida, o magistrado ameaçou retirar a plataforma do ar.
A decisão visa garantir que a rede social respeite as leis brasileiras e que a empresa pague multas que foram impostas pela Justiça. Essas multas foram determinadas após X desrespeitar o pedido de Moraes para bloquear perfis que atacassem instituições democráticas.
Nesta quinta-feira (29), o ministro determinou o bloqueio das contas no Brasil da empresa Starlink, que pertence ao empresário. Musk anunciou, no início do mês, que estava fechando o escritório da plataforma no país, acusando Moraes de censura. Ele alegou que funcionários da empresa receberam ameaças de prisão. A equipe contratada pela empresa foi demitida.
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