A Venezuela revogou a permissão concedida ao governo brasileiro para representar a embaixada argentina em Caracas. A decisão foi tomada neste sábado (9/7), em meio a tensões envolvendo seis colaboradores da líder da oposição María Corina Machado, acusada pela capital de planejar atividades terroristas.
A medida de Caracas surge na sequência de uma denúncia da oposição sobre o cerco à embaixada argentina, protegida pelo Brasil desde 1 de agosto. A situação começou após o rompimento das relações com Buenos Aires e vários países que questionavam a reeleição de Nicolás Maduro, o que ainda não foi comprovado. O Ministério das Relações Exteriores da Venezuela alegou que a missão diplomática estava sendo utilizada para atividades ilegais por fugitivos da justiça venezuelana.
Segundo a Agence France-Press (AFP), agentes de segurança cercaram a embaixada desde sexta-feira à noite, com a presença de pelo menos quatro patrulhas e um posto de controlo. Pedro Urruchurtu, um dos refugiados, informou no X (antigo Twitter) que o cerco continua, com presença intensificada de policiais encapuzados e bloqueio da rua para veículos.
A Venezuela também revogou autorização para o Brasil cuidar dos bens e arquivos da missão diplomática. Em resposta, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil (Itamaraty) manifestou surpresa e afirmou, neste sábado (7), que continuará defendendo os interesses da Argentina, de acordo com as Convenções de Viena, até que seja designado outro Estado aceitável para o governo venezuelano.
Em comunicado publicado em “A República Argentina rejeita esta medida unilateral e alerta o governo venezuelano que deve respeitar a Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas, que estabelece a inviolabilidade das instalações da missão”, diz trecho da nota.
A disputa que levou à reeleição de Maduro, anunciada pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), gerou polêmicas internacionais e protestos internos, resultando em mortes e prisões. A oposição, que alega fraude, continua a reivindicar a vitória de Edmundo González Urrutia, enquanto os Estados Unidos, a União Europeia e vários países latino-americanos apelam à verificação dos votos.
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