O Exército israelense anunciou, nesta sexta-feira (20/9), um “ataque direcionado” a Beirute, no Líbano, intensificando a tensão no Oriente Médio. Os ataques, segundo uma fonte das forças de segurança, seriam ataques aéreos na periferia sul da capital libanesa, reduto do grupo islâmico pró-Irã Hezbollah. As primeiras informações dão conta de três mortos e 17 feridos, segundo o ministério libanês. Um chefe de uma unidade de elite do Hezbollah teria sido um dos que morreram.
“O Exército israelense realizou um ataque direcionado em Beirute”, diz o comunicado das Forças de Defesa de Israel (IDF). O texto não informa o tipo de ataque nem os meios utilizados. “No momento não há alteração nas diretrizes (…) do Comando da Frente Interna”, acrescentou o Exército.
Uma fonte próxima ao Hezbollah disse Agência França-Press que o comandante da força Al Radwan, a unidade de elite do movimento libanês pró-Irão, morreu num bombardeamento israelita na periferia sul de Beirute. “O bombardeio israelense foi dirigido contra o comandante da força Al Radwan, Ibrahim Aqil, que morreu”, disse a fonte.
A tensão na região intensificou-se nas últimas semanas e indica que a guerra começou a mudar o foco da Faixa de Gaza, no sul de Israel, para a fronteira norte.
O conflito
O que estimulou o conflito foram as explosões — na terça (17) e na quarta (18) — de milhares de pagers e centenas de walkie-talkies pertencentes a membros do Hezbollah. Pelo menos 37 pessoas morreram e outras 2.450 ficaram feridas após as explosões. Vídeos do momento estão circulando nas redes sociais.
O Hezbollah e o governo libanês culparam Israel pelos ataques e Hassan Nasrallah, chefe do movimento xiita, disse que Israel “cruzou todas as linhas vermelhas”.
“O que aconteceu foi uma grande operação terrorista. Vamos definir os acontecimentos como massacres. Estabelecemos vários comités internos de investigação, explorámos todos os cenários e possibilidades e chegámos a uma conclusão quase final: estes massacres equivalem a crimes de guerra ou a uma declaração de guerra “, declarou ele.
Nasrallah alertou que Israel “ultrapassou todas as linhas vermelhas” com os ataques sem precedentes de terça (17/9) e quarta (18) —a explosão de milhares de pagers e centenas de walkie-talkies pertencentes a membros da milícia.
Israel não comentou o ataque, que ocorreu depois de o ministro da Defesa do país, Yoav Gallant, ter declarado na quarta-feira que o “centro de gravidade” da guerra, que começou com a operação contra o movimento palestino Hamas em Gaza, está a mudar. movendo-se para “norte”, em direção à fronteira com o Líbano.
Na quinta-feira (19), Israel anunciou que bombardeou quase 100 lançadores de foguetes no Líbano que, segundo afirmou, estavam preparados para serem “imediatamente usados para disparar” contra o seu território.
O Exército israelita e o Hezbollah – que é aliado do Hamas – têm realizado ataques quase diários na fronteira desde o início do conflito em Gaza, há mais de 11 meses. Os bombardeios do dia anterior foram os mais intensos desde o início dos confrontos.
*Com informações da Agence France-Presse
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