O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aproveitou seu discurso na abertura da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) nesta terça-feira (24/9) para defender a soberania dos países para regular o ambiente digital e disse que a América Latina não deve ser intimidado por “indivíduos, empresas ou plataformas digitais que acreditam estar acima da lei”.
“A liberdade é a primeira vítima de um mundo sem regras”, disse Lula, que no seu discurso de quase 20 minutos também criticou a acção de Israel em Gaza, que chamou de “castigo colectivo ao povo palestiniano”, e também fez uma breve referência aos maiores incêndios. em duas décadas que devastam o Brasil – “Já fizemos muito, mas sabemos que é preciso fazer mais”.
A declaração de Lula sobre as plataformas digitais ocorre em meio a uma disputa entre o bilionário dono da plataforma pela necessidade de representação legal da rede no Brasil.
A escalada da disputa judicial culminou na decisão de Moraes de suspender o acesso ao X em todo o país em agosto.
Na visão do governo Lula, o bloqueio de X é um exemplo bem-sucedido de preservação da soberania nacional diante de ataques extremistas externos, apesar das críticas indiretas de países como os Estados Unidos, que, por meio de sua embaixada em Brasília, destacaram a importância de garantir “ liberdade de expressão” ao comentar o caso.
Lula chegou ao plenário da Assembleia Geral da ONU poucos minutos antes das 9h e sentou-se ao lado da primeira-dama Janja Lula da Silva, do chanceler Mauro Vieira, do assessor especial do presidente Celso Amorim e dos presidentes do Senado Rodrigo Pacheco, e da Câmara, Arthur Lira.
Um pouco antes, a ministra da igualdade racial, Anielle Franco, e o ministro do desenvolvimento social, Wellington Dias, tiraram selfies no plenário, mas tiveram que deixar o espaço reservado ao governo brasileiro.
No mezanino, ao lado dos jornalistas, a atriz brasileira Fernanda Torres, indicada ao Oscar de melhor atriz por seu papel em Eu ainda estou aquiapareceu para acompanhar o discurso do presidente. Disse que era um “sonho” estar na Assembleia Geral e que convidou a primeira-dama Janja da Silva, que a ajudou a arranjar um lugar na audiência.
No domingo (22/9), Lula havia proferido discurso na Cúpula do Futuro, evento que antecede a Assembleia Geral da ONU. Ele criticou a falta de ação internacional para cumprir as metas de desenvolvimento sustentável – que, segundo Lula, “foram o maior empreendimento diplomático dos últimos anos e estão a caminho de se tornarem nosso maior fracasso coletivo”.
Todos os anos, líderes de todo o mundo reúnem-se na sede da ONU em Nova Iorque para a Assembleia Geral da organização. Esta foi a oitava vez que Lula abriu o evento.
Ao longo dos dois mandatos anteriores, participou anualmente da reunião entre 2003 e 2009. Em 2010, foi representado pelo então Ministro das Relações Exteriores e atual assessor especial da Presidência, Celso Amorim.
Tradicionalmente, é um líder brasileiro quem abre o evento com um discurso, falando antes mesmo do anfitrião, seu homólogo americano.
Esta tradição começou em 1949, quatro anos após a criação da ONU, quando nenhum país queria ser o primeiro a falar. O Brasil então se ofereceu e repetiu o feito nos dois anos seguintes.
A partir de 1955, a ONU oficializou o Brasil como país que abriria o evento. Esta é a principal hipótese levantada para que esta tradição continue assim até hoje. A ordem definida é: fala primeiro o Secretário-Geral da ONU, seguido pelo Presidente da Assembleia Geral, pelo Presidente do Brasil e, em seguida, pelo Presidente dos Estados Unidos.
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