Um adolescente de 15 anos de nacionalidade brasileira morreu em meio a atentados a bomba no Líbano, segundo fontes do governo brasileiro.
O jovem foi vítima de atentados no Vale do Bekaa, um dos principais alvos dos bombardeios israelenses iniciados na segunda-feira (25/09). Seu pai, que não era brasileiro, também morreu.
Segundo o blog da jornalista Julia Duailibi no portal G1, os dois morreram na cidade de Kelya, mas a data da morte não é conhecida. A família do adolescente mora em Foz do Iguaçu (PR).
Mais de 600 pessoas morreram em todo o Líbano desde segunda-feira, quando Israel iniciou uma intensa campanha de bombardeamentos contra o Hezbollah, uma organização muçulmana xiita com grande influência política e o maior poder armado no Líbano.
De acordo com pelas Nações Unidas, 90 mil pessoas já tiveram que deixar suas casas no país, fugindo do conflito. O êxodo ocorre do sul do Líbano, onde fica a fronteira com Israel, em direção ao norte.
A escalada da tensão começou na semana passada, quando explosões de pagers e walkie-talkies usados pelo Hezbollah. Explosões de pagers ocorreram durante dois dias consecutivos no Líbano, matando pelo menos 39 pessoas e deixando mais de 2.000 feridas.
Nesta quarta-feira (25/09), Herzi Halevi, chefe do exército israelense, disse que os bombardeios iniciados nesta segunda são uma preparação para uma possível entrada de tropas por terra.
“Vocês ouvem os jatos acima; estivemos atacando o dia todo. Isto é tanto para preparar o terreno para sua possível entrada quanto para continuar a degradar o Hezbollah”, disse Halevi às tropas.
“Hoje, o Hezbollah expandiu seu alcance de fogo e mais tarde receberá uma resposta muito forte. Preparem-se.”
Na noite de segunda-feira, o Itamaraty publicou nota na qual condenava, “nos termos mais veementes, os contínuos ataques aéreos israelenses contra áreas civis” no Líbano.
“Deplora também as declarações das autoridades israelenses a favor das operações militares e da ocupação de parte do território libanês”, dizia a nota em nome do governo brasileiro, que pedia “às partes envolvidas” que parassem os ataques e a “preocupante escalada de tensões”. .
O Itamaraty garantiu que a Embaixada do Brasil em Beirute está em contato permanente com a comunidade brasileira, prestando “assistência e fornecendo as orientações necessárias”.
“Reitera-se a recomendação aos brasileiros de abandonarem a área conflagrada”, afirmou o governo brasileiro.
O assessor especial da Presidência brasileira, Celso Amorim, afirmou nesta segunda-feira que o Itamaraty trabalha para uma possível retirada de brasileiros do Líbano, dado o contexto dos ataques aéreos israelenses ao país.
Segundo a contagem mais recente do Itamaraty, cerca de 21 mil cidadãos brasileiros vivem em território libanês.
À BBC News Brasil, o Itamaraty esclareceu que “ainda não se sabe se a operação será necessária, nem quanto custaria ou quantos brasileiros teriam interesse”.
Amorim afirmou que a situação é “tremendamente revoltante e perigosa, porque há [há] o risco de uma guerra total num lugar onde há muitos brasileiros”.
“Essas coisas colocadas [pagers e walkie-talkies explosivos]… De repente pode explodir na mão de uma criança brasileira que está ali. Muito perigoso”, acrescentou o ex-chanceler, em referência aos dispositivos de comunicação do Hezbollah que teriam sido explodidos remotamente numa ação israelita.
Celso Amorim afirmou ainda que o histórico de retirada de brasileiros da área não é favorável.
“Em 2006, fui ao Líbano naquela ocasião, mas deu muito trabalho evacuar os brasileiros”.
“Tenho certeza que o Itamaraty já está planejando algo nesse sentido. Mas a experiência é dura. Eram 3 mil brasileiros, e hoje as rotas são mais difíceis porque a rota que passava pelo norte do Líbano, direto para a Turquia, hoje isso não dá [para ser usada]”, disse Amorim.
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