O porta-voz das IDF (Forças de Defesa de Israel), Daniel Hagari, confirmou que ataques precisos foram realizados contra o quartel-general central do Hezbollah. Segundo ele, foi uma defesa contra ataques provocados pela força política e militar do Líbano.
De acordo com Hagari, os quartéis foram construídos sob edifícios residenciais no coração de Dahieh, em Beirute, para usar o povo libanês como escudos humanos.
“Israel está a fazer o que qualquer estado soberano do mundo faria se tivesse uma organização terrorista a procurar a sua destruição na sua fronteira, tomando as ações necessárias para proteger o nosso povo, para que as famílias israelitas possam viver nas suas casas, em segurança.”, declarou. o porta-voz da IDF.
O ataque teria ocorrido pouco mais de uma hora após o discurso de Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro israelense, na Assembleia Geral da ONU.
Tensão entre territórios
Os ataques representam uma grande escalada de tensão entre os territórios do Médio Oriente. A rápida escalada ocorreu principalmente após explosões de pagers e walkie-talkies por membros do grupo libanês, alegadamente provocadas por Israel. O Hezbollah disparou 150 foguetes contra territórios israelenses em resposta.
Na sexta-feira (20/9), o Exército israelense bombardeou Beirute, capital e maior cidade do Líbano, naquele que foi considerado o maior ataque ao país desde o início da guerra em Gaza.
Com a intensificação dos bombardeios israelenses desde segunda-feira (23/9), mais de 700 pessoas foram mortas. Entre as vítimas estão dois adolescentes brasileiros. As Nações Unidas declararam que 90 mil pessoas precisam de abandonar as suas casas para escapar ao conflito.
Israel afirma que os ataques ao Hezbollah são o resultado do grupo libanês impedir os cidadãos israelitas, que vivem no norte do país — que faz fronteira com o Líbano — de regressarem às suas casas.
O Hezbollah é um grupo político e militar extremista no Líbano, que surgiu na década de 1980, durante a invasão do país por Israel. O grupo é aliado do Hamas, uma organização política e militar palestina. O conflito entre Israel e o Hamas surgiu da disputa por territórios que, na antiguidade, eram ocupados por diferentes povos, como hebreus e filisteus, descendentes de israelenses e palestinos.
Em Outubro de 2023, o Hamas lançou foguetes contra Israel e enviou dezenas de combatentes para invadir as comunidades israelitas, o que resultou no início da guerra na Faixa de Gaza.
*Estagiário sob supervisão de Roberto Fonseca
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