O cantor Gusttavo Lima fez transmissão ao vivo nesta segunda-feira (30/9) para, pela primeira vez, falar sobre as acusações contra ele.
A declaração do cantor ocorreu após o Fantástico revelar, no domingo (29/9) que ele foi indiciado no dia 15.
A informação sobre o indiciamento foi confirmada pela BBC News Brasil.
Gustavo Lima é investigado na operação de Integraçãoque investiga esquema de lavagem de dinheiro relacionado à exploração de jogos de azar e jogos de azar e tem 53 alvos.
Na transmissão, realizada no Instagram com o advogado Cláudio Bessas, Gusttavo Lima afirma que é inocente, “confia na Justiça” e que os fatos foram “distorcidos”.
Ele pediu a seus fãs que confiassem nele e chamou o que está passando de um “assassinato” de sua reputação.
No dia 23 de setembro, o Tribunal de Justiça de Pernambuco determinou a prisão do cantor, que mora nos Estados Unidos, mas ele nunca foi detido. A decisão foi revertida no dia seguinte. O cantor afirmou que quando soube do pedido de prisão ficou “tranquilo”.
“Estou mais tranquilo que pai de mulher feia”, disse ele, ao falar sobre o que disse ao pai no dia do pedido de prisão.
Venda de avião
Gusttavo Lima refutou uma das acusações feitas contra ele, de que teria vendido duas vezes o mesmo avião.
Segundo o cantor, a aeronave, que estava em nome de uma de suas empresas, a Balada Eventos, foi vendida e ele recebeu parte do valor como caução.
Após fazer o depósito pré-compra do avião, foi descoberto um defeito na aeronave, que levaria cinco meses, segundo o cantor, para ser consertado.
Segundo ele, o avião foi levado aos Estados Unidos para reparos e o comprador, cujo nome não consta na transmissão, não quis mais continuar com o negócio. O cancelamento foi então feito e o dinheiro foi devolvido.
Após a realização dos reparos, a aeronave foi finalmente vendida, segundo a versão do cantor. Seu advogado mostrou documentos que, segundo ele, apontavam a idoneidade do processo de venda.
garoto propaganda
Segundo o Fantástico, a polícia suspeita que Gusttavo Lima seja sócio oculto da Vai de Bet, empresa investigada por suposto esquema ilegal de jogos de azar.
O cantor negou a ligação, afirmando que havia assinado contrato para ser garoto-propaganda da empresa, que previa 25% do faturamento em caso de sua venda.
“Posso escolher como serei pago”, afirmou ele na transmissão.
Ele também aproveitou para elogiar a iniciativa de possível regulamentação do setor de apostas. “Jogar não é renda, jogar é diversão”, disse ele.
“Tem que haver educação sobre isso. Me enche o coração saber que vai ser regularizado”.
Viagem à Grécia
No dia em que foi lançada a Operação Integração, 4 de setembro, o cantor foi convocado para prestar depoimento, mas estava na Grécia. Segundo ele, o destino foi escolhido para comemorar 35 anos e também gravar algumas músicas.
“Trabalhei o ano todo para juntar dinheiro para fazer esta viagem”, disse, afirmando também que teria ido à Grécia no dia 1, três dias antes do lançamento da operação.
As comemorações aconteceram em um luxuoso iate onde, segundo o Fantástico, estavam presentes outros convidados investigados.
Segundo o Fantástico, as investigações mostram que, a caminho da Grécia, o empresário José André da Rocha Neto —dono da empresa que comprou pela segunda vez o avião de Gusttavo Lima— e sua esposa, Aissla, pegaram carona com o cantor.
Mas na volta, Gusttavo chegou sem eles. A polícia suspeita que eles teriam ficado na Espanha.
Foi justamente essa suposta ajuda ao casal, então considerado foragido, que levou à prisão preventiva do cantor.
Durante a transmissão desta segunda-feira, Gusttavo Lima disse que, na volta da Grécia, o avião só parou para reabastecer, pois o tempo estava ruim e a aeronave gastaria mais combustível para chegar.
Leu os nomes das 12 pessoas que estavam a bordo com ele, sem citar José André da Rocha Neto e sua esposa.
Entre os “amigos” que estavam a bordo, a cantora citou o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil) e a primeira-dama, Gracinha Carvalho Caiado.
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