O Exército israelense anunciou nesta terça-feira (noite de segunda-feira, 30, no Brasil) que suas forças iniciaram “incursões terrestres seletivas” em cidades do sul do Líbano. Anteriormente, declarou três cidades na fronteira norte como “zonas militares fechadas”.
Apoiadas por ataques aéreos e de artilharia, as incursões têm como alvo combatentes do grupo islâmico Hezbollah “em aldeias próximas da fronteira” com Israel, disse o Exército.
O exército libanês reposicionou as suas tropas no sul do país, na fronteira com Israel, disse um oficial militar à AFP.
O número de mortos nos bombardeamentos israelitas desta segunda-feira no Líbano é de 95 mortos, segundo o Ministério da Saúde libanês.
Apesar do golpe devastador desferido ao Hezbollah com o assassinato do seu líder, Hassan Nasrallah, na sexta-feira, num atentado bombista no subúrbio de Beirute, os líderes israelitas alertaram que a batalha contra o movimento pró-Irão, arquiinimigo de Israel, ainda não acabou. .
O porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Matthew Miller, havia dito anteriormente que Israel estava realizando “operações limitadas contra a infraestrutura do Hezbollah perto da fronteira”.
O Exército israelita anunciou que estabeleceu uma “zona militar fechada” em torno dos municípios de Metula, Misgav Am e Kfar Giladi e proibiu a entrada na região. Ele também ordenou a evacuação de residentes de três bairros nos subúrbios ao sul de Beirute.
Do lado libanês, uma fonte de segurança disse à AFP que Israel lançou pelo menos seis bombardeios no subúrbio ao sul de Beirute, considerado um reduto do Hezbollah, na noite de segunda-feira.
‘Todas as nossas capacidades’
Anteriormente, o ministro da Defesa israelita, Yoav Gallant, tinha declarado que a morte de Nasrallah era “um passo importante”, mas que não era “o fim”.
“Para garantir o regresso das comunidades no norte de Israel, usaremos todas as nossas capacidades”, declarou Gallant durante uma visita aos soldados destacados na fronteira israelo-libanesa.
Por sua vez, o número dois do movimento islâmico libanês, Naim Qassem, garantiu que “estaremos prontos se os israelitas decidirem entrar no nosso território, as nossas forças de resistência estão prontas para um confronto terrestre”.
Ele também prometeu continuar lutando “em apoio a Gaza”, onde Israel leva a cabo uma ofensiva há quase um ano, em resposta ao ataque letal do Hamas em 7 de outubro de 2023.
Por seu lado, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, alertou esta segunda-feira que “não há lugar no Médio Oriente que Israel não possa alcançar” para eliminar os seus inimigos.
Operação terrestre
Antes do anúncio israelita sobre as suas operações “terrestres selectivas”, vários actores manifestaram a sua oposição a este tipo de acção.
A ONU anunciou que os mais de 10 mil soldados da paz destacados no sul do Líbano já não podem patrulhar devido à intensidade dos combates, enquanto o secretário-geral da organização, António Guterres, reiterou que é contra qualquer “invasão terrestre” por parte de Israel.
Em Washington, o presidente Joe Biden sinalizou que se opõe às operações terrestres israelitas no Líbano e apelou a um cessar-fogo “agora”.
Presente em Beirute, o Ministro dos Negócios Estrangeiros francês, Jean-Noël Barrot, também apelou a Israel para “abster-se de qualquer incursão terrestre” no Líbano e para um “cessar-fogo”. Ele também apelou ao Hezbollah para parar de disparar contra o norte de Israel.
Qualquer nova intervenção militar israelita no Líbano “deve ser evitada”, disse o chefe da diplomacia da UE, Josep Borrell.
Perante esta possibilidade, a França mobilizou um navio da sua Marinha para evacuar os cidadãos franceses do Líbano, se necessário.
O Hezbollah abriu uma frente na fronteira com Israel há quase um ano, após o início da guerra na Faixa de Gaza, em apoio ao seu aliado Hamas, o movimento islâmico que governa o território palestino.
Desde meados de setembro, Israel transferiu a maior parte das suas operações militares para o norte, com o objetivo de impedir o lançamento de foguetes do Hezbollah e permitir o regresso de milhares de residentes da região que tiveram de fugir.
Primeiro bombardeio de Beirute
Por sua vez, o Irão, aliado do Hezbollah e do Hamas, descartou a possibilidade de enviar combatentes ao Líbano e à Faixa de Gaza para enfrentar Israel, o seu arquiinimigo.
“Não é necessário enviar forças auxiliares ou voluntárias” do Irão, declarou o porta-voz diplomático Naser Kanani, acrescentando que o Líbano e os combatentes nos territórios palestinianos “têm a capacidade e o poder necessários para enfrentar a agressão do regime sionista”.
Desde a onda de explosões de pagers e walkie-talkies do Hezbollah no Líbano, em meados de Setembro, atribuídas a Israel, e a intensificação dos bombardeamentos israelitas que se seguiram, mais de 1.000 pessoas foram mortas no Líbano, segundo o Ministério da Saúde libanês.
O primeiro ataque a Beirute desde 8 de Outubro destruiu um andar de um edifício no centro da cidade. Segundo a Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP), três dos seus membros foram mortos nesse ataque. Israel afirma ter matado dois comandantes deste grupo, considerado “terrorista” tanto pelos israelitas como pela UE.
Na Faixa de Gaza, bombardeada incessantemente há quase um ano, o número de ataques aéreos israelitas diminuiu consideravelmente nos últimos dias.
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