O rifle, posicionado à sua esquerda, levava uma mensagem a Israel. Diante de milhares de fiéis muçulmanos reunidos para as orações sagradas de sexta-feira na Grande Mesquita de Teerã, o aiatolá Ali Khamenei – o líder supremo do Irã – optou por proferir o raro discurso em árabe. Uma forma de fazer com que suas palavras cheguem, principalmente, aos libaneses e palestinos. No seu primeiro sermão em cinco anos, Khamenei defendeu o ataque com 200 mísseis lançados por Teerão contra Israel, no dia 1 de outubro, e elogiou o massacre cometido pelo grupo terrorista no sul de Israel, no dia 7 de outubro de 2023, quando 1.200 pessoas foram assassinadas.
Ele descreveu o bombardeio iraniano como uma “punição mínima para crimes sionistas”, além de chamar a ação militar de “correta, lógica e legal”. “Se precisarmos fazer isso de novo, faremos”, alertou. Segundo Khamenei, o ataque do Hamas foi “um ato internacional lógico e legítimo, e os palestinos estavam certos”. O principal responsável do Irão chamou Israel de “regime malicioso” e avisou: “Não durará muito”.
Também nesta sexta-feira (10/04), os Estados Unidos atacaram 15 alvos controlados por rebeldes separatistas Huthi em quatro províncias do Iêmen. Os Huthis usaram foguetes e drones para atingir alvos no Mar Vermelho e em território israelita. No norte de Israel, dois soldados judeus foram mortos e 24 ficaram feridos durante a explosão de um drone lançado pela milícia pró-Irã da Resistência Islâmica no Iraque. O alvo era uma base militar localizada no norte das Colinas de Golã, área ocupada por Israel. “Dois drones carregados com explosivos foram lançados do Iraque, um foi abatido pelo sistema de defesa aérea e o segundo atingiu a base militar”, informou a rádio pública israelense Kan.
Hezbolá
O líder supremo iraniano afirmou que os aliados do regime teocrático islâmico – o Hamas e o movimento xiita Hezbollah – não capitularão aos ataques israelitas. “A resistência na região não recuará face a estes martírios e vencerá”, declarou, aludindo aos assassinatos do Xeque Hassan Nasrallah, líder do Hezbollah, morto em 27 de Setembro num bombardeamento israelita perto de Beirute, e de Ismail Haniyeh. , chefe do Hamas, num ataque atribuído a Israel em 31 de julho em Teerã. Ele declarou que tanto o Hamas quanto o Hezbollah prestam “serviços vitais a toda a região e a todo o mundo islâmico”.
A última vez que o aiatolá liderou as orações de sexta-feira foi em janeiro de 2020, depois de o Irão ter disparado mísseis contra uma base dos EUA no Iraque em retaliação ao ataque que matou o general Qassem Soleimani, comandante da Guarda Revolucionária.
Enquanto Khamenei fazia o sermão incomum, os governos israelense e americano mantinham discussões sobre a retaliação pelo bombardeio iraniano da última terça-feira. Um dia depois de declarar apoio a um ataque às instalações petrolíferas do Irão, o presidente dos EUA, Joe Biden, voltou atrás e disse que Israel deveria considerar “alternativas” a tais alvos. “Se eu estivesse no lugar deles (israelenses), estaria pensando em outras alternativas além de atacar os campos de petróleo”, comentou. “A coisa mais importante que podemos fazer é tentar mobilizar o resto do mundo e os nossos aliados (para um cessar-fogo). Mas quando há grupos (pró-iranianos) tão irracionais como o Hezbollah e os Huthis (do Iémen) é difícil “, acrescentou.
Visita a Beirute
Por sua vez, o ministro das Relações Exteriores iraniano, Abbas Araqchi, chegou a Beirute e afirmou que Teerã “apoia os esforços” destinados a alcançar um cessar-fogo simultâneo com Israel no Líbano e na Faixa de Gaza. “Apoiamos os esforços para um cessar-fogo, desde que, em primeiro lugar, os direitos do povo libanês sejam respeitados e que seja aceite pela resistência”, disse Abbas Araqchi numa conferência de imprensa, referindo-se ao movimento Hezbollah. Desde 23 de Setembro, quando começaram os bombardeamentos no Líbano, pelo menos 2.000 pessoas morreram. Com uma média de 181 mortes por dia, a campanha aérea de Israel é a mais intensa fora da Faixa de Gaza em décadas.
O Ministro da Informação libanês, Ziad Makary, advertiu durante uma cimeira de países de língua francesa em Villers-Cotterêts (França): “Tememos que o Líbano seja uma nova Faixa de Gaza.” “Acreditamos que ainda há um pouco de esperança do lado diplomático, porque o Líbano é bombardeado todos os dias, todas as noites, durante 24 horas.”
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