O petista Evandro Leitão (PT), de 57 anos, conquistou a prefeitura de Fortaleza (CE) em vitória estreita contra o candidato de Bolsonaro, André Fernandes (PL), que despontou como favorito, após liderar a votação no primeiro turno e moderar seu discurso ao longo da campanha.
O futuro prefeito obteve 50,38% dos votos válidos, contra 49,62% do adversário, com pouco mais de 99% dos votos. A vice-prefeita eleita é Gabriella Aguiar (PSD), deputada estadual como Leitão.
Fortaleza se tornará a única capital sob comando do PT, após o jejum do partido em 2020, quando ficou sem. Dado o desempenho vacilante da sigla no primeiro turno, é uma espécie de “gol de honra” do partido, que sofreu derrotas em Cuiabá, Porto Alegre e Natal.
A vitória de Leitão consolida o Ceará como reduto do PT no Brasil, com capital, governo estadual e o maior número de cidades governadas proporcionalmente pelo partido.
A principal estratégia do vencedor para virar o jogo foi colar seu nome nos principais líderes petistas no Ceará – o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro da Educação e ex-governador do Estado, Camilo Santana, e o atual governador, Elmano de Freitas.
Além de reforçar essas alianças e prometer uma prefeitura alinhada aos governos estadual e federal, a campanha do futuro prefeito aproveitou a ligação de Fernandes com o ex-presidente Jair Bolsonaro, rejeitada pela maioria da capital cearense.
Essa estratégia foi uma reação à postura do candidato do PL, que moderou seu discurso de Bolsonaro e deu pouco espaço a Bolsonaro em sua campanha, após participações ocasionais do ex-presidente de moto em agosto.
Leitão é vice-auditor da secretaria da Fazenda, mas deixou a função para ingressar na vida política. Depois de anos no PDT, filiou-se ao PT para concorrer à prefeitura de Fortaleza nesta eleição, após seu antigo partido entrar em crise no Estado, em meio à briga entre os irmãos Ciro Gomes e Cid Gomes, ambos ex-governadores do Ceará.
Ele está no terceiro mandato como deputado estadual e atualmente preside a Assembleia Legislativa do Ceará, mas tirou licença do cargo para concorrer a prefeito.
Anteriormente, foi líder do governo Camilo Santana na Assembleia estadual, de 2014 e 2018, e secretário do Trabalho e Desenvolvimento Social, de 2011 a 2013, no segundo mandato de Cid Gomes.
Pelo currículo na Assembleia estadual, Leitão é formado em economia pela Universidade de Fortaleza (Unifor) e em direito pela Faculdade Integrada do Ceará (FIC). Também possui pós-graduação em gestão pública pela Secretaria de Administração do Ceará, e em marketing pela Bolsa de Valores Regional.
As propostas de Leitão
Uma das principais promessas do petista é acabar com o impopular imposto sobre lixo, criado pela atual gestão municipal para custear a limpeza urbana.
Essa foi uma das causas da impopularidade do prefeito José Sarto (PDT), que tentou a reeleição, mas não conseguiu segunda rodada.
As propostas do PT incluem ainda a criação do programa municipal Pe-de-Meia, que pagaria um benefício para alunos do 9º ano concluírem os estudos, iniciativa semelhante à lançada pelo governo Lula neste ano.
Sua campanha promete ainda estender a gratuidade do passe estudantil aos finais de semana, criar um aplicativo para marcar consultas e emitir receitas médicas online, eliminar filas em creches e estabelecer faixas exclusivas para motocicletas.
Leitão também apresentou propostas semelhantes às do adversário de Bolsonaro, como a promessa de ampliar o uso da Guarda Municipal na segurança pública e a intenção de estabelecer parcerias com clínicas de saúde privadas.
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