Numa altura em que o debate sobre a redução de horas trabalhadaso presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu que a questão fosse abordada pelo G20um grupo que reúne as maiores economias do mundo e cujos líderes serão coletado por dois dias no Rio de Janeiro a partir de segunda-feira (18/11).
“O neoliberalismo agravou a desigualdade econômica e política que assola hoje as democracias. O G20 precisa discutir uma série de medidas para reduzir o custo de vida e promover jornadas de trabalho mais equilibradas”, falou Lula neste sábado (16/11).
A fala aconteceu no encerramento da Cúpula Social do G20 (G20 Social), iniciativa inédita promovida pelo Brasil dentro da programação do grupo, com o objetivo de promover a inclusão da sociedade civil e dos movimentos sociais nos debates globais.
Lula não mencionou diretamente o final da escala 6×1, proposta que esquentou o debate sobre a redução da jornada de trabalho no país com a ideia de garantir aos trabalhadores mais de um dia de descanso por semana.
Depois que o tema ganhou apoio nas redes sociais, a deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) conseguiu arrecadar assinaturas suficientes dos parlamentares para apresentar uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) sobre o tema, mas a pauta ainda está em fase inicial de consideração. no Congresso.
O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho (PT), inicialmente se posicionou contra a aprovação da medida no Parlamento, e disse que o fim do horário de trabalho 6×1 deve ser negociado por meio dos sindicatos.
“O Ministério do Trabalho e Emprego entende que a questão do horário de trabalho 6×1 deve ser abordada em convenções e acordos coletivos de trabalho. O ministério considera, no entanto, que a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais é plenamente possível e saudável, quando resultar de tomada de decisão coletiva”, escreveu na rede social X.
Na quinta-feira (14/11), Marinho afirmou que folga semanal é algo cruel.
“A jornada 6×1 é cruel. Pensando nisso por um, dois, três, quatro, dez anos, ter um único dia de folga por semana, imaginem o quão cruel é, principalmente para as mulheres”, disse ele em entrevista compartilhada em seu redes sociais.
O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), por sua vez, tem defendido a proposta.
“É uma tendência em todo o mundo. À medida que a tecnologia avança, você pode fazer mais com menos pessoas, você tem uma jornada mais curta. Esse é um debate que cabe à sociedade e ao parlamento discutir”, respondeu ele na terça-feira (12/11). ), quando questionado por jornalistas.
G20 Social exige trabalho digno e tributação dos super-ricos
A Cúpula Social do G20 (G20 Social) marcou o fim da participação inédita de movimentos sociais e organizações da sociedade civil no programa do G20 deste ano, que acontece sob a presidência do Brasil.
O evento produziu um comunicado final com sugestões para os líderes do grupo, que reúne as 19 maiores economias do mundo, mais a União Europeia e a União Africana.
O documento enfatiza “a centralidade do trabalho digno, de acordo com as normas da OIT [Organização Internacional do Trabalho]como elemento essencial para superar a pobreza e as desigualdades”.
“É fundamental garantir que todos, especialmente os jovens, a população negra, as mulheres e os mais vulneráveis, tenham acesso a empregos dignos, a sistemas de segurança e proteção social e à ampliação dos direitos sindicais”, reforça a declaração.
O documento também exige que todos os países adiram ao Aliança Global Contra a Fome e a Pobrezalançada sob a liderança do Brasil, além de defender a tributação progressiva dos super-ricosuma proposta brasileira que enfrenta resistência no grupo.
O G20 Social também apela ao combate às alterações climáticas, “com respeito pela ciência e pelo conhecimento tradicional do nosso povo”.
Além disso, o comunicado diz que “a democracia está em risco quando as forças de extrema direita promovem a desinformação e discursos totalitários e autoritários”.
Em seu discurso, Lula agradeceu as sugestões e pediu que os movimentos sociais continuem se mobilizando, pressionando os líderes mundiais.
O grupo será presidido a partir de dezembro por África do Sulque já confirmou que dará continuidade ao G20 Social.
Em seu discurso, Lula também exigiu mais uma vez maior comprometimento dos países no enfrentamento da fome e da crise ambiental e criticou os gastos excessivos com armamentos.
“São 733 milhões de pessoas que vão dormir todas as noites sem ter o que comer. O mundo gastou 2,4 biliões de dólares em armas no ano passado e quase nada gastou para dar comida às pessoas”, criticou.
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