O público brasileiro nascido nos últimos 30 anos provavelmente encontrará algo estranho na nova série Senade Netflixque conta o história do piloto brasileiro de Fórmula 1, segundo o diretor da série — que estreia na plataforma no dia 29 de novembro.
“Algo que torna esta série tão importante é que ela demonstra que existe a possibilidade de haver uma figura que una o Brasil para além da polarização política e institucional e que seja uma figura transversal para brasileiros de diferentes classes sociais, origens socioeconômicas e opiniões políticas”, disse Vicente Amorim, diretor da série, em entrevista à BBC News Brasil.
“Senna poderia ser isso e não vejo ninguém hoje que tenha a posição que Senna tinha há 30 anos”.
A minissérie de seis episódios conta ao Os bastidores da vida de Ayrton Sennaum piloto que foi tricampeão mundial de Fórmula 1 (em 1988, 1990 e 1991) e que morreu tragicamente em 1994, num acidente no circuito de Ímola, na Itália.
Os números de Senna já foram superados por diversos pilotos. O inglês Lewis Hamilton e o alemão Michael Schumacher, por exemplo, já ultrapassaram Senna em títulos, vitórias e pole positions.
Mas o piloto continua a fascinar gerações que nunca o viram correr. Senna é citado como inspiração e ídolo de pilotos de diversas gerações. como Lewis Hamilton, Charles Leclerc e Kimi Antonelli (que estreará na F1 no próximo ano). Pesquisas de revistas especializadas como a Autosport continuam colocando Senna no topo da lista dos maiores pilotos da categoria.
Muito além de um simples piloto, Senna também foi um ídolo fora das pistas — com sua vida de destaque e seus namoros com celebridades — especialmente no Brasil, onde recebeu um sepultamento com honras de chefe de Estado e uma procissão de milhares de pessoas. pessoas em São Paulo. Paulo.
Amorim diz que um dos motivos do apelo de Senna a diferentes públicos e gerações — brasileiros e estrangeiros, jovens e idosos, ou pessoas com visões e ideologias diferentes — é a obstinação com suas ideias e princípios.
“Acho que Senna se tornou um símbolo de quem você pode ser se acreditar no seu potencial, se não tiver medo de lutar contra o sistema, se for fiel aos seus princípios”, afirma o diretor.
Além disso, Senna tinha um carisma e uma humildade que o aproximavam do público.
“O que tornou Senna diferente de muitos outros pilotos – fez com que ele se tornasse o herói que era – é que ele era um cara com quem as pessoas comuns se identificavam. O que não é algo que acontece sempre com os ídolos do esporte”, diz Amorim.
“Na maioria das vezes, parecem ídolos quase inalcançáveis. Senna era um cara para quem você olhava e dizia: ‘Posso ser igual a esse cara’. “
Outras obras já contaram a história de Ayrton Senna — entre livros e documentários. Um deles foi o premiado documentário Senna, de 2010, dirigido pelo britânico Asif Kapadia — que também dirigiu documentários biográficos sobre Amy Winehouse e Diego Maradona.
Amorim diz que esses trabalhos mais jornalísticos são importantes para registrar os fatos com objetividade. Mas também são limitados até certo ponto, pois não revelam com muita profundidade as motivações — o que ele chama de “caminho do coração” de Senna.
“As pessoas conhecem dados e fatos sobre a vida de Ayrton Senna, mas a única forma de realmente conhecer um personagem e encontrar sua essência, na minha opinião, é através da ficção”, afirma o diretor.
A série mostra episódios da vida pessoal de Senna —relacionamento com Xuxa e Adriane Galisteu, confissões ao amigo Galvão Bueno e brigas e disputas com rivais como Alain Prost.
“A ficção permite, através da construção dramática da subjetividade, mostrar a história de uma forma que a faça fluir.”
Um dos artifícios foi a criação de uma personagem fictícia — a jornalista Laura Harrison (interpretada pela atriz Kaya Scodelario) — que funciona como uma espécie de testemunha da história do piloto.
“Ela é um amálgama de personagens que existiram, que gravitaram em torno de Senna, que viveram mesmo depois dele. Ela tem um papel muito importante porque é através do olhar dela que vemos a evolução de Senna. imprensa, de colaboração, de conflito e até de amizade, mas sempre olhando um para o outro de uma forma ora desconfiada, ora afetuosa.”
Superprodução
Para retratar o “caminho do coração” de Senna, a Netflix e o diretor investiram pesado em uma das maiores produções do gênero no Brasil.
“Tenho a sensação de ter me preparado a vida inteira para fazer essa série”, afirma o diretor.
Sena Foi planejado ao longo de mais de uma década pela produtora Gullane e filmado durante seis meses no Brasil, Argentina, Uruguai, Reino Unido e Mônaco.

A produção envolveu uma equipe de mais de 3 mil pessoas de oito países e um elenco de 231 atores e atrizes de nove países, além de mais de 14 mil figurantes.
O desafio da produção foi duplo: reproduzir com precisão os anos 80 e também corridas que são famosas entre os fãs da Fórmula 1.
São extensas cenas em pistas de corrida famosas, como Mônaco, com carros icônicos, como Lotus, McLaren e Williams da época. Para uso nas filmagens da série, 22 carros da época foram reconstruídos e outros 80 foram recriados digitalmente, baseados em modelos originais.
“Os fãs da Fórmula 1 vão assistir à série e encontrar tudo exatamente como era”, diz Amorim. Ele diz que recriar as corridas é um desafio técnico maior do que fazer um filme de ficção científica, onde tudo é inventado.
Ele conta que a produção passou mais de três anos trabalhando apenas nesses aspectos técnicos.
“Essa era uma das nossas maiores preocupações. Sou fã da Fórmula 1 e sou fã do Ayrton Senna. Não havia possibilidade de deixarmos qualquer aspecto técnico, artístico ou de época por menos”.
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