A maquiadora Marcela Vinhal de Carvalho, natural de Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, foi vítima de roubo e tentativa de estupro durante viagem a Paris.
Para o portal g1ela disse que sete homens armados invadiram um apartamento alugado onde ela estava hospedada com outros dois amigos. Os suspeitos roubaram pertences, euros e tentaram levar a roupa das mulheres.
O incidente ocorreu no dia 16 de novembro, última noite da viagem dos amigos. Marcela estava acompanhada apenas por uma delas e as jovens ouviram batidas na porta. Pensando que era o terceiro amigo pedindo para entrar, foram surpreendidos quando sete homens invadiram o apartamento.
“Isso aconteceu por volta das 20h, e um dos nossos amigos que tinha saído estava para chegar. Eles entraram gritando muito, nos bateram com tapas, socos e cotoveladas. Muito bateram com a arma na cabeça da minha amiga quando ela tentou me acalmar”, relatou Marcela.
Segundo a maquiadora, os homens ainda tentaram arrancar calças e blusas das vítimas.
Pouco depois, o terceiro amigo voltou ao Airbnb e ligou no interfone, o que assustou os suspeitos. Eles decidiram sair às pressas do local, levando quatro celulares, 900 euros (cerca de R$ 6 mil), cartões de crédito e outros itens.
Polícia investiga o caso
As mulheres saíram de casa e foram até uma estação de metrô pedir ajuda. Uma mulher simpatizou com a situação e chamou a polícia. Por isso, policiais franceses foram ao apartamento para coletar informações.
Porém, Marcela afirmou que eles foram tratados como se fossem suspeitos. A polícia sugeriu que as jovens eram prostitutas depois de ver camisinhas e calcinhas nas malas das amigas.
“Eles andaram pela casa, coletaram impressões digitais, mas tinham algumas cuecas em algumas malas e a polícia disse que eram da cor de calcinha de prostituta”, narrou a maquiadora.
Depois de se dirigirem à esquadra para exames corporais e criminais, as vítimas regressaram ao Airbnb e foram expulsas pelo proprietário do apartamento, por questões de “segurança”.
Voltar ao Brasil
Marcela conseguiu retornar ao Brasil depois que a equipe do Consulado Geral do país lhe emprestou um telefone para que ela pudesse entrar em contato com a família. Restabelecida, retomou suas atividades como maquiadora.
“Aqui me sinto seguro, mas os traumas nunca passam. Meu ateliê fica no 2º andar de uma loja e sempre penso que vai aparecer alguém. “, ela disse.
Para o Correspondênciao Itamaraty informou que “por meio do Consulado Geral do Brasil em Paris, acompanhou o caso e prestou assistência consular aos cidadãos brasileiros”.
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