No último sábado (28), um acidente de avião na Coreia do Sul deixou 179 mortos, tornando-se o mais mortal já registrado no país.
Apenas dois sobreviventes foram encontrados: ambos são comissários de bordo e estavam na parte traseira do avião, área mais intacta dos destroços.
O Boeing 737-800, operado pela Jeju Air, viajava de Bangkok, na Tailândia, para o Aeroporto Internacional de Muan. Após o pouso, a aeronave derrapou para fora da pista e colidiu com um muro, pouco depois das 9h locais de domingo (21h de sábado, horário de Brasília).
A causa ainda não foi determinada e a investigação continua enquanto as autoridades analisam os destroços no local.
Avião pode ter sido atingido por pássaros
Uma das hipóteses é que uma colisão com pássaros possa ter contribuído para a queda do avião.
Um oficial de transporte sul-coreano disse que o avião estava tentando pousar, mas foi forçado a esperar depois que o controle de tráfego aéreo emitiu um alerta de colisão com pássaros – um alerta sobre o risco de atingi-los.
Cerca de dois minutos depois, o piloto emitiu um Mayday (código para emergência aérea) e o comando de tráfego aéreo deu permissão para o avião pousar na direção oposta, disse o responsável.
Um vídeo parece mostrar o avião pousando sem usar as rodas ou qualquer outro trem de pouso. Ele derrapou na pista e bateu em uma parede antes de pegar fogo.
Uma testemunha disse à agência de notícias sul-coreana Yonhap que ouviu um “alto estrondo” seguido por uma “série de explosões”.
Vídeos do acidente mostram o avião em chamas, com fumaça subindo para o céu.
O especialista em aviação Chris Kingswood, com mais de 40 anos de experiência e que voou no mesmo modelo de aeronave envolvido no incidente, disse à BBC News que as imagens não deixam claro o que causou o acidente.
No entanto, ele destaca que o avião estava sem trem de pouso e não utilizava os flaps da maneira habitual, o que sugere que “tudo aconteceu muito rapidamente”.
Flaps são dispositivos nas asas das aeronaves que ajudam a aumentar a sustentação durante a decolagem e aterrissagem, permitindo que o avião voe em velocidade menor sem perder altitude.
“Normalmente, isso aconteceria se ambos os motores falhassem”, explicou. “Uma aeronave comercial pode continuar a voar com segurança com um único motor funcionando.”
Mencionou ainda que a altitude é um factor crucial caso o impacto de um pássaro danifique ambos os motores, pois, a baixa altitude, os pilotos teriam de tomar “muitas decisões num curto espaço de tempo”.
Embora exista um sistema alternativo para operar o trem de pouso e as aletas caso os motores falhem, Kingswood afirmou que “se eles estivessem em baixa altitude, apenas alguns milhares de pés, precisariam se concentrar em manter o controle da aeronave e encontrar um local seguro para pousar.”
A investigação sobre as causas do acidente ainda está em andamento e a BBC não pode confirmar o motivo exato da queda do avião.
Quão comuns são os ataques com pássaros?
Como explica a Organização da Aviação Civil Internacional, as colisões com aves são um fenómeno frequente e representam uma grave ameaça à segurança das aeronaves.
Em modelos menores, esses incidentes podem causar danos significativos à estrutura, enquanto todas as aeronaves, principalmente aquelas equipadas com motores a jato, estão sujeitas à perda de potência causada pela ingestão de aves pelas entradas de ar do motor. Este tipo de incidente já resultou em vários acidentes fatais.
Embora possam acontecer em qualquer fase do voo, as colisões ocorrem com maior frequência durante a decolagem, subida inicial, aproximação e pouso, momentos em que a concentração de aves em altitudes mais baixas é maior.
Além disso, como a maioria das aves voa principalmente durante o dia, estes eventos ocorrem principalmente sob luz natural. Dados da organização indicam que aproximadamente 90% das colisões ocorrem perto de aeroportos.
Um elevação do Australian Aviation Wildlife Hazard Group aponta que, desde 1988, houve 262 mortes registradas devido a colisões com pássaros em todo o mundo e 250 aeronaves destruídas.
Como as colisões podem prejudicar aeronaves
Segundo autoridades da Organização da Aviação Civil Internacional, colisões com aves podem resultar em incidentes graves durante o voo.
Em alguns casos, uma aeronave pode sofrer danos significativos em seus motores ao atingir um grupo de pássaros logo após a decolagem, obrigando o piloto a retornar para um pouso de emergência. Também é possível que, ao tentar abortar a decolagem, a aeronave ultrapasse os limites da pista, causando danos consideráveis.
Em situações mais críticas, um pássaro pode quebrar o para-brisa de uma aeronave leve, atingindo o piloto e fazendo-o perder temporariamente o controle, o que o obriga a fazer um pouso forçado.
Noutros casos, o impacto de aves maiores, como os abutres, pode causar graves danos estruturais à aeronave, levando à perda de controlo e, em última análise, à queda.
É possível evitar acidentes?
Não existe uma medida única que garanta a proteção das aeronaves, mas algumas medidas podem aumentar a segurança.
Como a maioria dos acidentes com aves ocorre nas primeiras horas da manhã ou ao anoitecer, quando as aves estão mais ativas, os pilotos são treinados para estarem alertas durante esses períodos críticos.
Os radares podem ser utilizados para detectar grupos de aves, embora esta tecnologia seja terrestre e não esteja disponível globalmente, limitando a sua utilização em algumas regiões.
De acordo com um artigo do The Conversation, os fabricantes de motores de aeronaves testam sua resistência a impactos de pássaros, pois um impacto pode causar graves danos às pás da turbina, resultando em falha do motor. Para esses testes, uma galinha morta é acionada em alta velocidade no motor enquanto ele opera com potência máxima.
A circular da Autoridade Australiana para a Segurança da Aviação Civil sobre a gestão dos riscos da vida selvagem aconselha os aeroportos sobre medidas para manter as aves e outros animais afastados das áreas próximas das pistas.
Uma técnica utilizada é o uso de pequenas explosões de gás, que imitam o som de uma espingarda para afastar os pássaros. Em locais com grande concentração de aves, os aeroportos também podem cultivar espécies de gramíneas e plantas que não atraem esses animais.
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