O líder da oposição venezuelana, Edmundo González, afirmou neste sábado que seu objetivo é viajar para Venezuela tomar posse na próxima semana. Garante que contou com o apoio maioritário dos cidadãos nas eleições presidenciais de julho passado.
De Buenos Aires, onde se encontrou com o presidente da Argentina, González afirmou que tem “toda intenção de chegar à Venezuela” no dia 10 de janeiro, data da mudança de governo.
“Minha intenção é ir à Venezuela simplesmente para tomar posse do mandato que os venezuelanos me deram quando me elegeram com 7 milhões de votos para servir como presidente”, declarou González à imprensa, após reunião com o presidente Javier Milei.
Conforme estabelece a Constituição da Venezuela, a mudança de governo deve ocorrer no dia 10 de janeiro. Nas eleições de 28 de julho No ano passado, o presidente Nicolás Maduro e Edmundo González se enfrentaram.
Ele poderá entrar na Venezuela?
Questionado sobre como entraria na Venezuela, González disse que deveria reservar detalhes: “Não posso dizer nada porque as circunstâncias hoje são muito complicadas”, disse.
O político e antigo embaixador, de 75 anos, deixou a Venezuela para se exilar em Espanha em setembro do ano passado, depois de um juiz ter emitido um mandado de detenção contra ele no âmbito do dia das eleições de 28 de julho.
Na quinta-feira, o governo de Maduro ofereceu uma recompensa de 100 mil dólares por informações que levassem à captura do líder da oposição.
Pela manhã, González teve uma reunião privada com o presidente argentino, Javier Milei, na Casa Rosada. Eles falaram sobre as estratégias econômicas que Milei implementou em seu país e como poderiam ser implementadas na Venezuela, segundo González.
Após a reunião, os dois líderes políticos saíram à varanda do palácio presidencial para cumprimentar milhares de venezuelanos que se reuniram na Praça de Maio.
“Muito entusiasmado com a receptividade dos venezuelanos na Plaza de Mayo pela manhã. Uma grande concentração. Agradeço o reconhecimento que a presidente Milei me deu, como presidente eleito da Venezuela. Hoje, mais do que nunca, sinto-me mais próximo geograficamente e emocionalmente para cumprir o mandato que os venezuelanos nos deram nas eleições de julho passado”, disse González.
O líder da oposição venezuelana completou assim a primeira etapa da sua viagem pelo continente americano. Na noite deste sábado ele estará em Montevidéu para se reunir com o presidente do Uruguai, Luis Lacalle Pou. Depois ele viajará para os Estados Unidos.
Em sua agenda, garantiu González, está uma conversa com o presidente Joe Biden, bem como uma reunião com líderes do Congresso. Sobre um possível encontro com o presidente eleito Donald Trump, o venezuelano disse que nada está finalizado ainda.
“Aguardamos definições das novas autoridades que ainda não foram definidas”, explicou.
Numa mensagem final aos venezuelanos que o apoiam, González disse que o projeto político que lidera juntamente com María Corina Machado está perto de se tornar realidade.
“Não percam a fé, porque esta é uma campanha muito longa, muito difícil, que estamos a desenvolver há muito tempo e que estamos prestes a terminar”, expressou.
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