Os primeiros presos detidos durante a invasão do Capitólio, símbolo máximo da política nos Estados Unidos, começaram a deixar as penitenciárias, graças ao perdão concedido pelo presidente Donald Trump. Há mais de 1.500 condenados e acusados, incluindo 14 líderes de grupos extremistas, cujas penas foram comutadas. Na lista dos que conquistaram a liberdade estão os chefes dos Proud Boys e Oath Keepers – neonazistas, condenados por conspiração sediciosa. A iniciativa concede clemência aos condenados por crimes graves, como agressões a policiais e destruição de bens.
Os irmãos Andrew Valentin e Matthew Valentin, que se confessaram culpados em setembro de agredir policiais e foram condenados a dois anos e meio de prisão, foram libertados do Centro de Detenção Central de Washington DC. Foram os dois primeiros presos libertados, segundo informações oficiais. Matthew Valentin tentou arrancar o bastão de um policial em 6 de janeiro, e Andrew Valentin jogou uma cadeira em um policial.
Também estão na lista Julian Khater, que atacou o policial do Capitólio Brian Sicknick, que admitiu ter usado uma arma perigosa durante a invasão. Também foram libertados da prisão Devlyn Thompson, que atingiu um policial com um bastão de metal, e Robert Palmer, um morador da Flórida que atacou policiais com um extintor de incêndio, uma tábua de madeira e um poste. Na Filadélfia, fora de uma penitenciária onde dois homens foram libertados, havia seguidores de Trump e dos Atos de 6 de Janeiro que corriam em direção a eles, gritando “Liberdade!”.
Crimes leves e graves
Segundo dados do Departamento de Justiça, há mais de 730 pessoas condenadas por delitos menores relacionados ao dia 6 de janeiro. Há cerca de 300 casos ainda aguardando julgamento em tribunal, muitos deles acusados de agredir a polícia. Mais da metade dos registros de 6 de janeiro eram casos de contravenção, com acusações como conduta desordeira ou invasão de propriedade, segundo dados do Departamento de Justiça. Dos condenados, a grande maioria foi condenada a liberdade condicional ou a alguns meses de prisão e desde então foi libertada. Alguns réus são idosos, mas alegaram que não atacaram nem vandalizaram.
Num discurso, Trump chamou o dia 6 de janeiro de “um dia de amor e paz” e que vários dos condenados representavam “ameaça zero”. Porém, as imagens mostram situações bem diversas: ataques a policiais com mastros de bandeira, cassetetes, tacos de beisebol, além do uso de sprays químicos e ataques físicos.
Troca
Ao contrário do perdão, a comutação não perdoa o crime nem restaura os direitos civis, nem cancela a condenação. Na prática, trata-se da substituição de uma pena por outra mais branda. Nos Estados Unidos, os presidentes têm o poder de comutar as sentenças de pessoas condenadas por crimes federais, abrindo espaço para que os condenados em 6 de janeiro sejam libertados da custódia.
Segundo a CNN, a maioria dos americanos se opõe ao perdão. Uma pesquisa, realizada pela equipe de Trump, identificou que 59% dos adultos são contra o perdão de pessoas que “forçaram a entrada no Capitólio”. Outras pesquisas mostraram que 66% e 62% se opõem fortemente ao perdão. Mas há quem defenda a clemência.
Os indultos e comutações anulam em grande parte os resultados de uma das investigações mais complicadas da história do Departamento de Justiça. Os promotores e agentes do FBI passaram anos investigando as ações de pessoas no Capitólio ou perto dele em 6 de janeiro, usando fotos, vídeos e dados de localização de telefones para ajudar a identificar possíveis suspeitos.
Memória // Um dia de fúria
Em 6 de janeiro de 2021, o então ex-presidente Donald Trump falou aos seus apoiadores no National Mall e criticou seus oponentes democratas. Minutos antes de terminar de falar, seus seguidores forçaram as barreiras policiais para invadir o Capitólio, principal símbolo do poder político do país, na capital Washington.
Os agressores alegaram que a ação foi orquestrada em resposta à indignação com os resultados eleitorais em que o democrata Joe Biden saiu vitorioso. Cinco pessoas morreram, 174 policiais ficaram feridos e 68 agressores foram presos.
Na ocasião, a sessão conjunta que confirmaria a vitória de Biden foi interrompida. Escritórios foram destruídos e obras de arte vandalizadas. Mais de 1.580 pessoas foram acusadas, das quais 1.270 foram condenadas. Pelo menos 14 policiais ficaram feridos, e um deles morreu no dia 7 de janeiro. Câmeras de segurança registraram os invasores com barras de ferro, sprays químicos e armas de fogo.
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